Algumas classes profissionais têm um alto índice de corporativismo para defenderem interesses do grupo, que pode ser inteligível, pois a força do coletivo torna-se um poder, tanto na hora de oposições, quanto nas barganhas das negociações. Porém, quando um destes colegas se destaca pelo voto, ou por nomeação vem a ocupar uma posição de comando, liderança ou poder governamental surgem grandes conflitos e distorções éticas. Na verdade, quando alguém ocupa um cargo, eleito ou nomeado, alcança um patamar de novas obrigações e responsabilidades públicas, que não irá responder apenas pelo seu grupo de coletivo, mas para toda a sociedade. Não poderá, obviamente, infringir as leis, em favorecimento de alguns colegas. Ninguém poderá abusar de privilégios, tráfico de influências ou obter status acima das leis que regem, constitucionalmente, homens e mulheres, todos os cidadãos de um mesmo país. Pelo fato de que todas as classes profissionais, fazem parte de um grande elo multidisciplinar, torna-se óbvio que, quando exercer bem a sua função e obrigação estatutária, poderá, em algum momento, prejudicar interesses corporativistas, pois, cada vida humana está entrelaçada e todas as outras, independente, das condições econômicas, culturais, religiosas, visto que somos uma cadeia, a espécie humana. Tal qual em um corpo, a sociedade é um todo, e nenhum órgão poderá levar vantagem sobre outro, para não comprometer a sobrevivência geral. Assim, precisamos refletir que, quando há privilégios demais para um grupo ou classe profissional, haverá restrições para outras, e o segredo para a vivência pacífica está no equilíbrio. Portanto, quando um colega ascende ao status de poder governamental ou representa a liderança classista não está livre para conceder benefícios corporativos, e, está obrigado, mais do que nunca, a cumprir as condições legais de seu cargo ou função, mesmo que no meio do caminho fiquem colegas demonstrando descontentamentos. Urge que se tenha a compreensão de reinvidicações que não firam, constitucionalmente, ao exercício legal das outras profissões e funções dentro do mesmo eixo produtivo da sociedade.
Ninguém poderá ser condenado por cumprir suas obrigações legais, estatutárias ou constitucionais de sua função profissional, mesmo que desagrade aos que não as cumprem.
Diante de um momento conturbado em que a ética profissional está ferida em várias classes profissionais, e estamos nos sentindo um "povo envergonhado" nas tramas da corrupção, está na hora exata para que haja uma nova atitude nas lideranças políticas, classistas, sindicais, sociais, associativas, governamentais e religiosas.
Desta turbulência que faz estremecer até aos inocentes, precisamos, urgentemente, de líderes morais que representem o poder, a ética das classes profissionais, em favor da sociedade.
Aos que sofrem a exibição das suas fraquezas humanas cabe nossa atenção, sem hipocrisias, mas com firmeza para erradicar estes males do seio corporativista de cada classe profissional. O povo, o cidadão comum, os homens e as mulheres deste país, querem ver crer e seguir quem lhes aponte soluções e oportunidades, respeitando os direitos da sociedade como um todo democrático, pois este é o grande poder social.
Na expectativa de que cada classe profissional faça a sua parte para o bem de todo o povo brasileiro, trazemos a edição nº 42. Receba o abraço de Elisabeth Mariano e equipe ESPAÇO MULHER INFORMA...
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