Portal Espaço Mulher Informa...
Edição nº 69 - de 15 de Outubro de 2007 a 14 de Novembro de 2007
Ainda faltam políticas do gênero feminino?
Nos quase 21 anos em que nos dedicamos com exclusividade ao projeto ESPAÇO MULHER (de nossa autoria) na área da comunicação integradas com o objetivo de valorizar e divulgar o que as mulheres, em suas lideranças nas suas entidades femininas estão fazendo por elas mesmas, ou principalmente, para melhorar alguns aspectos da sociedade, por meio de causas solidárias pudemos observar alguns pontos que podem ser os seguintes:
1 - Ainda falta a conscientização sobre as diferenças em relação ao que envolve o trabalho feminino e masculino;
2 - Ainda se discute se há o direito a uma aposentadoria antecipada em 5 anos para as mulheres, por causa da dupla ou tripla jornada, isto porque ainda cabe para elas em grande parte a responsabilidade pelas tarefas domésticas e familiares;
3 - Ainda há homens, mesmo em cargos decisórios e de poder, em todas as áreas da sociedade, que impedem ostensivamente o acesso das mulheres, ou sequer conseguem compreender que a atitude atual deles é anti-social, atrasada em termos culturais, e que com isto desrespeitam as leis existentes, independente destas até serem destinadas ao campo do gênero, ou não;
4 - Também há homens que ainda assim agem assim em reuniões de trabalho e nas suas entidades, quando comentam com desprezo e provocam dificuldades para o acesso das mulheres aos cargos, o quiçá que as mesmas façam um departamento ou comissão para se apoiarem nas causas ou condições femininas, entre elas e por elas mesmas;
5 - Ainda há homens boicotando deliberadamente “toda e qualquer coisa” de direito pleiteada pelas mulheres, principalmente, as que se destacam na sociedade, ou conquiste “um pouco de lugar ao sol” nas esferas de poder, os quais ainda alguns são redutos exclusivos da presença masculina, principalmente, em entidades classistas em que só os homens se revezam nos cargos;
6 - Ainda há homens atemorizando mulheres, nem de forma tão indireta ou velada assim, avisam-nas do que “pode ocorrer se persistirem por aí”, e jamais em qualquer momento cogitam em perguntar, (ou quiçá se interessar), como podem ser úteis, nisto ou naquilo, e talvez colaborarem para evitar que os “tais problemas “ ocorram, enfim que possam amenizar os impactos com as suas experiências na busca de atitudes coerentes. Pergunte-se se que algumas atitudes que fazem contra as mulheres, se as mesmas fossem tornadas públicas, esses homens ficariam envaidecidos do que fizeram, e isto até poderia ser algum motivo de homenagem e reconhecimentos públicos, feito por outras mulheres?
7 - Ainda há mulheres que mesmo dentro de entidades femininas estão em fase inicial de aprendizado do que fazer, e relutam entre o que deve e pode fazer na necessidade de pleitear os seus direitos e o das outras, muitas estão vivenciando sozinhas dificuldades que tentam superar, dentro e fora da entidade, assim como junto da família, no trabalho e na sociedade em geral;
8 - Ainda há mulheres acomodadas.isto sem citar aquelas que até aliadas a alguns homens preconceituosos e violadores de direitos, e então costumam desestimular as outras, e /ou sequer mesmo fazem algo mínimo para colaborar com qualquer causa social, imaginem então com aquelas que são militantes do direito feminino Não obstante, estas mulheres nada façam pelas outras nas lutas políticas até usufruem das conquistas legais e sociais (ex: votar, fazer parte de cotas partidárias, e em chapas eletivas nas entidades etc.) enfim, ate´ ter um pouco mais de liberdade em alguns atos na sociedade em geral;
9 - Ainda há alguns homens e mulheres que reunidos por vários motivos de segmentação e extrato da sociedade, excluem objetivamente, e até consideram “perigosas” as mulheres que são militantes, chegando ate um “vale tudo” com violões em prontuários médicos, quebras de sigilo de depoimentos policiais e judiciais, uso de intrigas e calúnias públicas, espionagens e atemorizações, ameaças de escândalos dentre outras, além de promoverem, situações conflitivas deliberadamente para dificultar qualquer tipo de acesso social ou profissional. Há muitos depoimentos e provas de algumas dificuldades que algumas mulheres estão sendo submetidas, talvez haja o intuito de que desistam, ou seja, “o clássico que isto sirva de lição e exemplo para que as outras não se atrevam a afazer o mesmo”;
10 - Ainda há dificuldades básicas dentro de repartições públicas ou de prestadores de serviços públicos privados, que tenham a compreensão mínima de políticas de gênero, quer no ambientes interno para as suas trabalhadoras, ou que seja para o atendimento de sua clientela feminina. Ao se perguntar sobre a presença de mulheres etc. o máximo que se escuta é que elas são em maior número freqüentando as faculdades, são a maioria na profissão, são as que mais compram e consomem, enfim, mas nada de concreto em relação a políticas de gênero estão sendo aplicadas;
11 - Ainda há os mesmo tipos de propaganda em relação uso da imagem feminina, os programas radiofônicos, televisivos, os de humorismo e novelas, as linhas editorias das revistas muito pouco se adequaram a uma linha de políticas femininas, o que se comprova nos debates da 4 ª edição do Seminário “Mídia e Mulher” promovido pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres/DF;
12 - Ainda há um quadro em que as mulheres não conseguem apoiarem-se umas as outras, não só pela falta de prática ou costumes, mas também porque exercer esses atos solidários mútuos são dificultados, pois sequer prosperam as comissões femininas dentro de algumas grandes entidades “sectárias”, desde as classistas, em partidos políticos, nas organizações privadas ou de repartições públicas e acadêmicas, etc. Isto não ocorre só pela apregoada “inveja feminina de umas com as outras’ ou pela “acomodação”, aliás é óbvio que isto até possa ocorrer também, mas o que mais falta são as condições estruturais para que isto ocorra (desde espaço físico, mão-de-obra de apoio, estrutura funcional (móveis, telefones, computadores, impressos etc.);
13 - Ainda há pessoas que temem este tipo de acesso feminino, ou qualquer tipo e reunião em que haja discussão e debates sobre as dificuldades que elas enfrentem, porque com certeza estão preocupadas com quaisquer informações em torno do que ocorre com algumas mulheres que estão sendo aviltadas em seus direitos básicos, por causa de alguns segmentos retrógrados da sociedade;
14 - Em contrapartida há pessoas, homens e mulheres que estão atualizadas cultural e socialmente, que somam e colaboram, sem preconceitos ou discriminações, e muito menos com violações para prejudicarem o acesso básico a qualquer causa em busca dos direitos femininos;
15 - Felizmente há instituições, entidades, grupos empresariais e educacionais, conferencistas (homens e mulheres (que respeitam as respectivas diferenças e tomam atitudes com ações positivas). Procuram colaborar para que muitos óbices sociais, culturais e legais possam ser superados de forma digna, para que as mulheres possam ser apoiadas (até emocionalmente) a fim de superarem as injustiças “plantadas por gente retrógrada e violadora” que sequer consegue se adaptar a um novo momento da sociedade;
16 - É importante que as pessoas que estão no exercício de lideranças (classistas, sociais, institucionais, governamentais, religiosas, empresariais, acadêmicas, políticas etc.) percebam que no mundo inteiro há uma inserção e avanço feminino em todas as atividades, portanto, urge que se preparem e se tornem pessoas adequadas no convívio com esta condição social e cultural, que evitem encarar como disputa conflitiva de poder por ambos os sexos, ou qualquer outro tipo de mito ou imaginação fantasiosa a respeito disto, assim evitará inclusive de se mostrar que exerce uma liderança desatualizada para os tempos atuais;
17 - Há leis suficientes, mesmo que não sejam especificamente destinadas ao gênero feminino que se fossem realmente aplicadas defenderiam a condição das mulheres de terem acesso e garantias individuais respeitadas para o exercício de sua cidadania, quer seja nas entidades ou nas decisões de poder do país;
18 - É bom também comparar a situação das mulheres no Brasil com a de muitos outros países, os quais alguns com menos tempo no regime democrático, ou com regimes governamentais diferentes,onde as mulheres embora, até com religiões e costumes culturais mais preservadores, já estão em maior quantidade com acesso representativo nas esferas de poder e de decisão nas lideranças de seus países, algumas até mesmo são conferencistas internacionais e orientam como superaram estas diferenças e como foram apoiadas por seus pares em políticas públicas etc.
19 - É valioso ressaltar a importância de alguns homens que já escrevem artigos, fazem estudos acadêmicos e científicos sobre as questões de gênero feminino, e alguns já incluem em seus discursos ou em conferências algum tópico sobre as políticas femininas, assim eles agem de forma pioneira e atualizada social e culturalmente. Isto sem citar os que promovem a valorização de algumas mulheres militantes em causas sociais e fazem a inserção nas chapas de diretorias de suas entidades ou incentivam a criação das comissões de mulheres, dão todo o apoio para elas, alguns até assessorias e consultorias para que possam superados os principais obstáculos sociais e políticos atualmente nas questões de gênero;
20 - Nós do ESPAÇO MULHER, (especialmente a minha pessoa que idealizou e se dedicou com exclusividade a esta causa) só temos a agradecer muito. Desde as pessoas que são, ou fizeram parte da família, e que de algum modo contribuíram para que com pequenas ajudas econômicas ou de parceria de trabalho, apoio emocional etc. pudéssemos vir superando todas as barreiras... Também agradecemos todo o apoio de alguns (algumas) profissionais liberais, que de algum modo nos ajudaram em alguma fase complicada, e, até se mostraram conselheiros(as) em áreas que não eram de nossa especialização e precisávamos ser orientadas Também agradecemos a todas as pessoas (homens e mulheres) que fazem parte das estruturas governamentais (municipais, estaduais, federais e internacionais) que de algum modo nos “estenderam a mão” nos momentos em que mais precisávamos compreender as questões de documentação ou procedimentos, na defesa e na proteção etc. foram valiosíssimos estes apoios também. Agradecemos as pessoas que da iniciativa privada nos apoiaram e que em muitos casos mesmo em situações de conflito, acreditamos ter aprendido com elas, e vice-versa. Somos muito gratos, especialmente, as representantes das entidades femininas, e muitas amigas que de algum modo prestigiaram nossos eventos, e nos permitiram divulgar os seus objetivos sociais, suas lutas, e na confiabilidade conseguimos levantar tantos dados que agora poderão servir para ajudarmos mais ainda umas as outras. Agradecemos aos conferencistas que trouxeram e repartiram seus conhecimentos com todas nós. Agradecemos aos voluntários e voluntárias que trabalharam, (ou até como autônomos (as) ou “frees”, para nos auxiliarem em tantas tarefas que eram necessárias mais mão-de-obra, foi algo muito gratificante este apoio também. Agradecemos, especialmente ao nossos/as professores e professoras acadêmicos que nos apoiaram e acreditaram, e ainda se mantém ao longo do tempo nos orientando no que possamos precisar. Agradecemos às (aos) colegas de cursos, de trabalho, de entidades, de clientelas,de patrocínios etc. a todo e qualquer apoio, e principalmente, aos que lado a lado na família trabalham deste modo, em prol da causa ESPAÇO MULHER. Hoje somos uma soma de todos os esforços que se dedicaram um pouquinho que fosse, ao longo destes 20 anos para que pudéssemos escrever uma história de como a sociedade se comporta junto a uma iniciativa na área da comunicação alternativa, integrada e segmentada voltada para as mulheres em liderança em nosso país.
Somos muito gratas, principalmente, a vida vivida e todo o aprendizado espiritual que tivemos ao longo deste tempo, na busca de uma luta social e humanitária na área da comunicação de gênero. Enfim, temos muito para contar e escrever a respeito destas vivências em que também fomos atores da história contemporânea, e, principalmente muito com que colaborar para ainda mudar este cenário de forma mais favorável para as mulheres e homens de nosso país, inserindo-nos dentro dos padrões internacionais nas políticas de gênero.
Receba esta edição de nº 69, com o fraternal abraço de Elisabeth Mariano e equipe Portal ESPAÇO MULHER Informa...
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Temos muito amor e vontade ajudar. Pena que isto só não basta. A Associação - A.V.I.C.A.V.C. com apenas 30 voluntárias, há 71 anos, ajuda quase dois mil pacientes diários (que são pessoas idosas, adultas e jovens carentes), a maioria sem convênio médico, ou só com o SUS, tratando-os gratuitamente no Hospital de Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho, o qual é situado no terreno da Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo.
Por meio de bazares diários no prédio do hospital e de dois chás beneficentes anuais, e com doações em dinheiro, objetos e remédios elas oferecem os recursos para promover o diagnóstico, a prevenção e a detecção do câncer, incentivam as investigações científicas, promovem cursos de especialização e aperfeiçoamento e cooperam nas campanhas de combate ao câncer junto à entidades públicas ou privadas, nacionais e internacionais.
Com este trabalho das voluntárias da A.V.I.C.A.V.C. e com as doações recebidas são comprados até equipamentos e máquinas necessárias além de algumas medicações importadas. Para colaborar você pode doar desde objetos usados e de pequeno porte, em bom estado, tais como roupas, calçados, bijuterias, acessórios do lar e de decoração, utensílios domésticos, os quais são vendidos no bazar diário, na sede do hospital.
Também são necessárias e urgentes muitas doações para uso pessoal dos pacientes, tais como camisolas, pijamas, lençóis, fronhas, cobertores, toalhas de banho, os quais são usados durante a internação hospitalar, sendo que na higienização para desinfectá-los há um desgaste rápido dos tecidos, portanto, precisa de reposição contínua.
Também podem ser doados para uso pessoal dos pacientes produtos de higiene (sabonetes de glicerina, pentes, escovas, cotonetes, absorventes etc). E para a desinfecção do hospital é necessária uma grande quantidade de produtos de limpeza em geral e papel higiênico, portanto, aceitam-se também estas doações.
Para os dois chás beneficentes realizados durante cada ano aceitam-se objetos novos de pequeno porte, assim como, aparelhos de televisão, forno de microondas, rádios, liquidificadores, batedeiras, ferro de passar roupa, faqueiros, jogos de chá e café, secadores de cabelos, depiladores etc. para sorteio, pois quanto melhor forem o prêmio mais são vendidos os convites, arrecadando mais verbas.
Você também pode doar dinheiro, em qualquer quantia, depositando nas contas correntes dos bancos: Banco Itaú - Vila Buarque - agência 0553 - cc. 123 225 - Banco Banespa - Santo Amaro - agência 104 - cc. 1 302 133-8.
Saiba que você poderá ser uma voluntária, basta inscrever-se e ser treinada durante três meses, se aprovada na seleção, você será mais uma valiosa e incansável colaboradora da A.V.I.C.A.V.C. Mais informações pelo e-mail: avicavc@ig.com.br.