O campo acadêmico um dos mais “difíceis para a ascensão das mulheres aos topos de carreira” agora comemora o fator comum entre essas três poderosas mulheres, doutoras que são pioneiras como reitoras e vice-reitora, e que já proporciona a uma delas o cargo de Ministra da Cidadania (numa tripla responsabilidade de agremiação de três Secretarias: Políticas para Mulheres, Igualdade Racial, Direitos Humanos).
Neste mês de outubro em que comemoram o dia das “professoras e das médicas”, queremos externar nossa reverência ao brilhantismo da carreira acadêmica de todas, e, reafirmar o quanto elas enchem de orgulho as mulheres brasileiras. São ícones, e exemplos de lideranças femininas para as jovens, que ainda estão enfrentando barreiras e obstáculos nas universidades, por dez anos ou mais, complementando mestrado, doutorado, e pós-doutorado, orientando outras, escrevendo livros, fazendo palestras, representando o país em eventos internacionais.
O que elas têm em comum para se destacarem em suas lideranças? Muita coragem, determinação, persistência e responsabilidade com a imagem delas e do Brasil.
Esperamos que apreciem a seleção das notícias que pesquisamos para você nesta edição.
Muito gratos pelos apoios e colaboração. Abraço de Elisabeth Mariano e equipe.
Tornou-se a primeira mulher negra do Brasil a comandar uma universidade federal, ao assumir o comando da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), em 2013. Em 02 de outubro de 2015 foi nomeada pela presidente Dilma Rousseff para ocupar o novo Ministério da Cidadania, que unirá as secretarias de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial, Direitos Humanos e parte das atribuições da Secretaria-Geral.
Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1988, concluiu o mestrado em Educação também pela UFMG, em 1994. Prosseguiu os estudos com um doutorado em Antropologia social pela Universidade de São Paulo (USP), em 2002. Entre 2004 e 2006, presidiu a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN). Em seguida, mudou-se para Portugal, onde fez o pós-doutorado em Sociologia pela Universidade de Coimbra, em 2006.
Integrou, de 2010 a 2014, a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, onde participou da comissão técnica nacional de diversidade para assuntos relacionados à educação dos afro-brasileiros. Coordenou o Programa de Ações afirmativas da UFMG.
Como componente da chapa Unifesp – Plural e Democrática, que encabeçou a lista tríplice apresentada pelo Conselho Universitário, foi indicada pelo Ministro da Educação ao cargo de reitora da Unifesp para a gestão de 2013-2017.
Graduou-se em Farmácia e Bioquímica pela Universidade de São Paulo e concluiu o mestrado em Farmacologia pela Escola Paulista de Medicina/ Unifesp nos anos respectivos de 1985 e 1989. Em 1992, ingressou como docente na EPM, doutorando-se – após três anos – em Farmacologia pela mesma instituição. Realizou dois estágios de pesquisa em nível de pós-doutorado em instituições dos EUA – Thomas Jefferson University (1997) e National Institutes of Health (NIH) (1998-1999) – e, em 2005, conquistou o título de livre-docente na universidade de origem. Entre 2006 e 2012 coordenou o programa de pós-graduação em Farmacologia e como representante docente, eleita por seus pares, participou da composição do Conselho Universitário da Unifesp no período de 2000 a 2012.
Formada em Medicina pela Escola Paulista de Medicina em 1973, ingressou como docente na mesma instituição em 1975. Concluiu o mestrado em Imunologia em 1981 e o doutorado em Dermatologia em 1982. Obteve o título de livre-docente em 1992 e é professora titular desde 1996. Foi a primeira profissional do país a identificar, em 1982, o sarcoma de Kaposi como manifestação da Aids e descreveu, em 1992, as diversas afecções dermatológicas ligadas a essa síndrome. Por seu trabalho nessa área recebeu reconhecimento internacional. Exerceu as funções de vice-chefe do Departamento de Dermatologia da EPM/Unifesp de 1996 a 2002. Coordena o Ambulatório de Psoríase e Vitiligo e o de Adolescência, Patologia da Pele Feminina e Saúde Bucal nas doenças inflamatórias dermatológicas. Colabora com projetos de pesquisa financiados pelas principais agências de fomento (Fapesp e CNPq) e atua como consultora da Secretaria de Estado da Saúde na Comissão de Saúde do Adolescente.
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Por Redação — publicado 08/10/2015 12h28
Grupo defende soberania do voto e pede alterações na política econômica que retira recursos das áreas sociais.
Professores, estudantes e técnicos administrativos em educação da universidade assinam o documento.
Manifestando preocupação diante da radicalização do debate político no Brasil, um grupo de professores, estudantes e técnicos administrativos em educação da Universidade Federal de São Paulo divulgou uma carta em defesa da democracia e dos direitos humanos e sociais.
Segundo eles, as manifestações pautadas pela intolerância impedem a discussão sobre questões urgentes como os orçamentos de saúde, educação e habitação e sobre formas de alcançar um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social.
"A soberania do voto popular deve ser respeitada, sempre. Além disso, consideramos fundamental que o governo federal altere sua política econômica, centrada em ajuste que retira recursos das áreas sociais e amplia os gastos com o pagamento de juros da dívida", diz o texto.
Nós da Universidade Federal de São Paulo acompanhamos, preocupados, a radicalização do debate político e ideológico e a crescente intolerância, diante de posições divergentes, que se instalaram no Brasil desde as últimas eleições presidenciais.
Tais manifestações são incompatíveis com os princípios básicos da democracia e ameaçam afundar o país em um período de grave crise institucional e econômica.
Elas impedem que questões urgentes e de interesse da ampla maioria da população sejam discutidas, tais como: as restrições orçamentárias à educação, saúde e habitação, decorrentes do ajuste fiscal; uma reforma tributária que redimensione a desigualdade social de nosso país; e as formas de se alcançar um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social.
Diante disso, e conscientes da luta em defesa da democracia e da justiça social que marca a história da universidade pública brasileira, declaramos publicamente nosso repúdio a qualquer tentativa de interrupção do mandato da presidenta reeleita do Brasil, Dilma Rousseff, por mera motivação política e ideológica, e em desrespeito à Constituição.
A soberania do voto popular deve ser respeitada, sempre. Além disso, consideramos fundamental que o governo federal altere sua política econômica, centrada em ajuste que retira recursos das áreas sociais e amplia os gastos com o pagamento de juros da dívida.
Reafirmamos a importância da Petrobrás para o desenvolvimento econômico, científico e tecnológico do país, e condenamos as tentativas de retirá-la do comando das operações de extração de petróleo do Pré-Sal.
Por fim, conclamamos a todos os setores da comunidade universitária da UNIFESP a subscreverem essa declaração e, juntos, nos mobilizarmos em defesa da democracia, dos direitos humanos e sociais.
Assinado:
A instabilidade econômica mundial chega ao Brasil no ano de 2015, aprofundando as desigualdades sociais ao mesmo tempo em que a ofensiva conservadora, expressa, sobretudo na maioria que hoje comanda a Câmara dos Deputados, busca destruir qualquer medida para garantia de direitos.
Neste mesmo contexto as juventudes brasileiras vivem um momento especial na história do Brasil. Nunca fomos tantos – 51 milhões de pessoas – e desde 2013 temos uma legislação que reconhece a juventude como protagonista de direitos, o Estatuto da Juventude. Estamos em pleno processo de realização da nossa 3ª Conferência Nacional, com mais de 1000 municípios mobilizados, um processo de participação pela internet que chegou a milhares de jovens, todas e todos debatendo e produzindo as várias formas de mudar o Brasil. Recentemente também fomos os/as principais responsáveis pela derrubada da PEC 171 na Câmara Federal que propõe a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, só aprovada após o golpe do Presidente da Casa, Deputado Eduardo Cunha.
A luta das juventudes com o objetivo de diminuir distâncias e desigualdades sociais históricas (participação política, direito ao trabalho decente, direito à diversidade, direito à comunicação, liberdade de expressão, o direito ao usufruto dos territórios com políticas de esporte, cultura, lazer e mobilidade) tem incomodado setores da "velha política” representados principalmente pelo Congresso Nacional, os grandes meios de comunicação e a elite econômica em geral, acostumadas aos privilégios de toda ordem. Estes setores vêm organizando uma verdadeira ofensiva contra os direitos da juventude, trabalhadores e trabalhadoras. Exemplo dessa ofensiva é justamente a cruzada dirigida por Cunha com os projetos do estatuto da família, aprovação da terceirização, financiamento empresarial de campanha, flexibilização do estatuto do desarmamento, criminalização de pessoas que convivem com HIV/AIDS e a "lei do estupro”.
Com a mesma energia que construímos novas culturas políticas dizemos não a atual política de ajuste fiscal do governo federal. Em meio às absurdas tentativas de golpe levantadas pelos setores derrotados nas eleições presidenciais de 2014, temos um governo balançado pelo pacto de governabilidade, levado a tomar medidas impopulares e ortodoxas no campo da economia, que vão da mudança do acesso do Seguro Desemprego ao ajuste fiscal que penaliza os trabalhadores e áreas fundamentais como educação, ciência e tecnologia. Até agora essas medidas já promoveram forte ajuste monetário, retomando a alta dos juros básicos; o baixo investimento estatal; redesenhando a política cambial que afrouxando o controle sobre a moeda e desvalorizando o Real. Sabemos que há uma crise econômica internacional, mas recusamos absolutamente a tese de que o único caminho para enfrentar essa crise é com políticas que reduzem salário e emprego, que prejudicam a expansão e a realização de direitos fundamentais, e também os direitos das juventudes consagrados em nossa constituição e no Estatuto.
Mesmo que medidas de ajuste fiscal não sejam novidade na realidade brasileira, é significativo que, pela primeira vez, tenham atingido o setor da Educação, especialmente quando o Governo escolheu como lema a insígnia "Pátria Educadora”. Fruto desses cortes e das dificuldades de caixa do Governo Federal, diversas Universidades Federais passam por problemas financeiros e administrativos, com impactos no conjunto do Ensino Superior.
Ao compreender que um governo democraticamente eleito precisa conseguir implementar seu próprio programa - e que este atual projeto orientado pelo mercado financeiro não é aquele que venceu as eleições no ano passado - as entidades da sociedade civil que compõem o Conselho Nacional de Juventude se posicionam publicamente contra o atual ajuste fiscal e cortes nas áreas sociais, em especial na Educação, nas políticas de Juventude e na Ciência e Tecnologia. Exigimos que o princípio da justiça social seja levado a sério: quem ganha mais paga mais! Também vemos com preocupação a reforma ministerial e defendemos que as políticas de promoção da igualdade racial, assim como de promoção dos direitos humanos e da autonomia das mulheres sejam mantidas e possam ser expandidas, combatendo o retrocesso promovido pelo Congresso tão conservador quanto na ditadura militar. Não vamos admitir qualquer golpe contra a nossa democracia, e também não aceitamos que o povo pague uma conta que não é nossa!
Pela taxação das grandes fortunas e das heranças, por uma carga tributária progressiva com tributação do consumo de luxo, pela continuidade dos investimentos nas áreas sociais, a fim de mudar radicalmente a orientação neoliberal da atual política econômica!
Brasília, 01 de outubro de 2015
Sociedade Civil do Conselho Nacional de Juventude Fonte: juventude.gov.br
(Fonte: http://bit.ly/1Ndnae5, data de acesso 10/10/2015)
Em seu discurso na abertura do debate geral, o secretário-geral da ONU lembrou as crises humanitárias e afirmou que os líderes globais têm um compromisso de transformar as palavras descritas na Carta da ONU e na nova agenda de desenvolvimento em ação.
Em um mundo onde a desigualdade cresce, a confiança está desaparecendo e a impaciência com as lideranças pode ser vista e sentida, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu o 70ª debate geral da Assembleia Geral da ONU com um pedido para que os líderes mundiais “traduzam as promessas em ação”, apoiando a nova Agenda de Desenvolvimento Sustentável, que pretende eliminar a pobreza e construir um futuro sustentável para todos.
“Nosso objetivo é claro. Nossa missão é possível. E nosso destino é visível: acabar com a extrema pobreza até 2030; uma vida de paz e dignidade para todos”, declarou, (em 28/09), o secretário-geral, observando que a Assembleia Geral começou com “uma conquista gigantesca” representada pela adoção da Agenda 2030, que inclui os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Transformá-los em realidade é um compromisso e uma “dívida que a ONU tem com os mais vulneráveis, os oprimidos, as pessoas deslocadas e esquecidas em todo o mundo”, disse Ban. “Devemos isso as gerações vindouras”, em memória as palavras incluídas na Carta da ONU. “Quando nos unimos, não há limite para o que podemos alcançar”, adicionou.
“Neste ano em que marcamos o 70° aniversário da ONU, devemos responder ao pedido da Carta, e ouvir as vozes de ‘Nós os povos’. Essa é a maneira pela qual poderemos superar a realidade sombria do presente – e aproveitar as incríveis oportunidades de nossa era”, declarou o chefe da ONU.
Citando o relatório anual de trabalho das Nações Unidas, Ban também lembrou a escalada das crises humanitárias mundiais, que registram hoje 100 milhões de pessoas dependentes de assistência humanitária e pelo menos 60 milhões de pessoas forçadas a deixar suas casas e países. Para suprir essas necessidades, a ONU pediu este ano 20 bilhões de dólares – seis vezes mais que há uma década – para aliviar crises, principalmente, no Iraque, Sudão do Sul, Iêmen e Síria ou, em lugares esquecidos, como Gâmbia, onde uma em cada quatro crianças sofre de desnutrição crônica. Mas o apelo da ONU, disse o secretário-geral, “foi recebido com silêncio” pela comunidade internacional.
Leia o discurso do secretário-geral em português na íntegra aqui.
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