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Edição nº 186 - de 15 de Julho de 2017 a 14 de Agosto de 2017




É A FALTA DE AMOR PRÓPRIO UMA DAS CAUSAS DA VIOLÊNCIA?

As causas que provocam a violência não tem grande difusão de estudos e nem sequer há treinamentos, palestras, orientações sobre o tema de forma mais adequada para se evitar tantos horrores junto às famílias principalmente. Quanto mais informação, menos violação de direitos, menor número de vítimas! Sem traumas! Menos custos estatais.

Conforme a Dra. Nadime Gasman, representante da ONU Mulheres no Brasil, em 24/05/2017 - ONU alerta para os custos da violência contra as mulheres no mundo (http://www.onumulheres.org.br/noticias/onu-alerta-para-os-custos-da-violencia-contra-as-mulheres-no-mundo/) "Estima-se que o custo da violência contra as mulheres represente 2% do produto interno bruto global, ou cerca de 1,5 trilhões de dólares."

Embora a Lei Maria da Penha as estatísticas revelam que a violência doméstica no Brasil causa “a morte de 5 Mulheres por hora, (http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2016-03/violencia-domestica-mata-cinco-mulheres-por-hora-diariamente-em) e, que a cada cinco minutos uma mulher é agredida (http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,uma-mulher-e-violentada-a-cada-11-minutos-no-pais,10000053690); e a cada 11 minutos uma mulher é violentada (http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,uma-mulher-e-violentada-a-cada-11-minutos-no-pais,10000053690).

“Segundo Nadime Gasmann: “O enfrentamento à violência contra mulheres e meninas continua apresentando desafios para o Brasil, ilustrados em dados e pesquisas sobre o tema. 40% das mulheres brasileiras já sofreram de violência doméstica em algum momento de sua vida. De acordo com pesquisa nacional de percepção, 66% dos brasileiros presenciaram uma mulher sendo agredida fisicamente ou verbalmente em 2016.. Em 2014, foram mais de 45 mil estupros cometidos no Brasil. A cada duas horas uma mulher é assassinada no país, a maioria por homens com os quais têm relações afetivas. O que coloca o Brasil na 5º posição em um ranking de 83 países em assassinato de mulheres.

De que se orgulham os governantes? De que se orgulham as autoridades do país?

Do que se orgulham “os doutores e as doutoras” especialistas em comportamento humano, em leis, em punições, e em proteção as vítimas? Se orgulham da violência provocada, e das mortes das Mulheres? Onde estão as verbas destinadas para isto?

Interessante destacar parte das pesquisas que a ESPANHA está fazendo com a pergunta: POR QUE HOMENS MATAM MULHERES? E, além disto fazendo uma análise multidisciplinar de todos os casos ocorridos para chegar as causas (advindas por parte das mulheres ou dos homens!). Tudo isto porque ocorreu um aumento de estatísticas, conforme extrato aqui retirado do texto abaixo indicado: “Na Espanha, cerca de 60 assassinatos por ano. Já no Brasil, segundo o Mapa da Violência 2015 sobre Homicídios de Mulheres, ocorrem aproximadamente 5.000 feminicídios por ano, uma taxa de 4,8 para 100.000 mulheres — a quinta maior do mundo e um aumento de 111% com relação a 1980, quando a proporção de feminicídios era de 2,3 para 100.000 mulheres, segundo o estudo.”

Agora há outras graves violências também ocorrendo que ferem os tratados e fazem parte do compêndio legal do país, tais como a violação econômica, material, psicológica, a falta de acesso a justiça e ao judiciário etc. que sequer são citadas pelas grandes agências, muito menos em políticas públicas de governantes, ou de autoridades no Brasil.?? (tais como: “Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (1979) define discriminação contra a mulher, em seu artigo 1º,” “a Convenção de Belém do Pará (1994), em seu art. 1º”, há as garantias da “Cúpula Mundial da Família, realizada em Sanya, China, em dez de 2004”, em casos de violência no Brasil já temos a “Lei Maria da Penha (que retificou os tratados e convenções internacionais)!! (http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/direitos-fundamentais-e-direito-de-fam%C3%ADlia-da-proclama%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-efetividade)

Com esta observação, e comprovação de fontes, queremos chamar a atenção das autoridades brasileiras e seus governantes pelo descaso massivo que vem sendo destinado as mulheres brasileiras. Chega de repartições que não publicam uma comprovação de suas atividades práticas e de resultados favoráveis na proteção e orientação das Mulheres! E, principalmente, que as lideranças femininas se reúnam e se unam para exigir comprovação prática do que está sendo realizado comprovadamente para acabar com esta situação em que no BRASIL se está permitindo contra as mulheres. Que não se dê prosseguimentos a governantes e a parlamentares ou até mesmo novos candidatos nas eleições vindouras (e nem se permita cargos públicos para quem nada comprova de efetivo para acabar com tanto descaso e violência contra as mulheres e sem solução). Também não há de se querer, a violência destas pessoas que ignoram e nada fazem a favor e na proteção das molejes em nosso país.

Esperamos que sejam apontadas soluções urgentes para que estas estatísticas que demonstram definição urgente para tais necessidades de solução prática. E que as religiões, as associações, universidades, empresas etc. tenham voto parte de suas programações a abordagem e a orientação para mulheres e homens a fim de se evitar tantas tragédias no Brasil, causadas também por omissão e prevaricação, de agentes estatais que podem transformar a sociedade e nada fazem.

Pensem nas crianças destas famílias, o que será delas vendo suas mães mortas ou violentadas por seus pais? Que se faça a luz na escuridão da inércia e falta de solução! Com esta mensagem de apelo entregamos para você mais esta edição, com nosso agradecimento por apoios e colaborações de palestras e de divulgação que nos dedicaram. Que Deus abençoe a todas as pessoas de alma humanitária. Fraternal abraço de Elisabeth Mariano e equipe

Leia logo abaixo a reportagem sobre a pesquisa que está sendo feita na Espanha

Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.

POR QUE HOMENS MATAM MULHERES?

Pesquisa inédita na Espanha revisa, um a um, centenas de feminicídios. A partir de dados sobre personalidade e comportamento dos agressores, o objetivo é prevenir assassinatos.

Publicado por Camila Vaz

Tudo começa lançando ao vento uma pergunta quase sempre evitada, sob o rótulo de “crime machista”: Por que as matam?

Leia uma parte da pesquisa:

https://camilavazvaz.jusbrasil.com.br/artigos/476371370/por-que-homens-matam-mulheres

HOMEM ALEGA “NAMORICO MODERNO”, MAS NÃO SE LIVRA DE ACUSAÇÃO DE FEMINICÍDIO

12/07/2017 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do TJRS)

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul - TJRS, por meio da 1ª Câmara Criminal, manteve a qualificadora de feminicídio em processo no qual um homem é acusado de matar a ex-namorada. Ocorrido em Santo Ângelo (RS), o crime se deu, conforme a denúncia, após desentendimento do casal, momento em que o réu sacou uma arma de fogo (com a numeração raspada) e disparou contra a mulher. Ela veio a óbito 13 dias depois. Outras três pessoas (todas do sexo feminino) foram atingidas, mas sobreviveram. O denunciado não aceitava o fim de seu relacionamento com a vítima.

A fim de se defender do agravante, o homem afirmou não ter havido feminicídio, já que a mulher e ele não teriam convivido em união estável (segundo a defesa), solicitando, portanto, o afastamento da qualificadora. “Mantínhamos aquele namorico moderno, um pouco na casa de um, um pouco na casa do outro”, afirmou o interrogado. Relator do recurso, o desembargador Honório Gonçalves da Silva Neto destacou, no entanto, que o próprio recorrente declarou que, logo após o início do namoro, o casal passou a morar junto. Os filhos da vítima confirmaram a informação. Segundo o julgado, portanto, o crime de feminicídio ficou caracterizado.

“A decisão do TJRS (Proc. nº 70072173396) andou por bom caminho. Vislumbra-se que a motivação do homicídio relaciona-se à inconformidade do réu com o término do relacionamento afetivo mantido com a vítima. Assim, deve incidir a qualificadora específica do feminicídio, que se aplica à violência contra mulher em contexto de violência doméstica e familiar (já devidamente regulado na Lei Maria da Penha) ou, ainda, com menosprezo ou discriminação à condição de mulher, conforme acrescentado ao artigo 121 do Código Penal, pela Lei 13.104 de 2015, chamada Lei do Feminicídio”, determina Adélia Moreira Pessoa, presidente da Comissão de Gênero e Violência Doméstica do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM).

A advogada entende que não há como prevalecer o que alegara a defesa do acusado, uma vez que, “considera-se violência doméstica, dentre outras formas, aquela praticada em qualquer relação íntima de afeto, independentemente de coabitação. Isso figura não só na Lei Maria da Penha, mas já está sedimentado na doutrina e jurisprudência”, relata. Pessoa chama atenção para a necessidade urgente de medidas de prevenção à violência contra a mulher, compreendendo múltiplas ações educativas e culturais que interfiram nos padrões sexistas, “pois as mudanças de postura quanto aos direitos das mulheres não são consequência automática da sociedade democrática. Também são necessárias políticas públicas mais consistentes em assistência social e saúde, visando a uma maior proteção à vítima e à família”, conclui.

http://www.ibdfam.org.br/noticias/6357/Homem%20alega%20%E2%80%9Cnamorico%20moderno%E2%80%9D,%20mas%20n%C3%A3o%20se%20livra%20de%20acusa%C3%A7%C3%A3o%20de%20feminic%C3%ADdio

COMEMORAÇÕES ESPAÇO MULHER - 2017

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