Quando vemos manifestações sobre o Pacifismo Mundial em que milhares de pessoas se rebelam contra a guerra, muitos até aderem, sem saber muito bem o que fazem, pode ser pelo modismo ou por uma oportunidade de ser contra o que considera injusto naquele momento, e se verificarmos o conceito político sobre Pacifismo, no Dicionário Aurélio, encontraremos que é “uma doutrina, sistema ou sentimento daqueles que propugnam paz universal e o desarmamento das nações”; e se buscarmos no mesmo dicionário o que é Pacificar teremos que é “restituir a paz, apaziguar, serenar, tranqüilizar, acalmar, abrandar”. Portanto, se analisarmos melhor, observaremos que são verbos de ação, os quais se aplicam tanto para o lado opressor quanto para o lado oprimido.
Como pode um poder ser despótico ou omisso com o seu povo e ser Pacífico? Como pode ser Pacífico um governo que permite ao poderio econômico ou religioso etc. usar de armas psicológicas que afetam emocionalmente as pessoas anulando-as nos primeiros direitos humanos ditados na Carta Magna e cabível a qualquer pessoa. A qual propugna pela liberdade de se expressar; de ir e vir; de construir família; de ter seu negócio, profissão, sua manutenção e patrimônio; de ter a liberdade da escolha religiosa, partidária, sexual etc.; de viver em paz livre das discriminações e preconceitos que ferem a realização pessoal humana.
Quando dizemos poder, não o falamos apenas estatal ou empresarial, mas também daqueles que têm no cotidiano os poderes econômicos, ou de influência ou de maioria, e que usam isto como armas para cercear a paz de qualquer pessoa, nas mais básicas liberdades fundamentais do existir. É óbvia aqui a inclusão dos que tiveram a oportunidade do acesso ao conhecimento, a carreira profissional ou acadêmica, ou aos bens tecnológicos, e que talvez são os que mais se incomodam com as cotas e outros processos de acesso dos menos favorecidos. Cercear o direito alheio por meios da exclusão e discriminação são armas poderosas usadas no cotidiano e que não promovem a paz.
Como agimos no dia a dia frente às diferenças e as divergências, e até mesmo diante da competitividade ou da concorrência? Estamos desarmados do lado sujo das emoções humanas? Quando na cabeça os cabelos estão sujos, devemos cortar a cabeça ou lavar os cabelos dos que jogam sujo? Isto vale para o poder dos governantes das nações e para o nosso poderio dos atos diários? Está na hora de lavarmos nossas consciências e sermos pacificadores em cada momento e instância da vida humana, orientando sem omissão o que fere e mata a alma humana?
Será que na soma dos gestos pacificadores diários evitaremos as tragédias maiores? Qual é a arma psicossocial que persegue os mansos e humildes, impedindo-os a qualquer preço, no acesso destes aos bens da vida terrena humana?
Estão os discursos dos líderes sociais de acordo com as práticas diárias? Estão os aparelhamentos governamentais e de ensino, equipados com mediadores para resolver os conflitos das diferenças e divergências culturais orientando as pessoas para o respeito à tolerância na convivência do cotidiano? Estimulamos o diálogo pacífico e favorável para as partes envolvidas evitando as discórdias e demandas ceifantes das vidas humanas? Parece-me que para ser doutrina que desarma as nações, o Pacifismo precisará influenciar nos sistemas que dirigem as pessoas e nos sentimentos de cada uma, principalmente, das que tenham acesso a qualquer tipo de poder, educando para a Paz.
Refletir sobre isto nas escolas, nas famílias, nas empresas, desarmando os maus sentimentos e promovendo a brandura dos comportamentos onde todos ganham e são felizes, talvez seja a nova missão e utopia dos que optam pela Pacificação.
Assim, na expectativa de que de algum modo, possam ser úteis estas informações, rogamos para que haja muita paz em sua vida, negócios e projetos pessoais e familiares, são os votos que lhe enviamos com um forte abraço.
Elisabeth Mariano e da equipe ESPAÇO MULHER.
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