A rainha da voz Ângela Maria cantava uma linda canção, "Gente humilde", que discorria sobre cenários da vida humana, daquelas pessoas que ficam à margem das benesses que a sociedade dos abastecidos se acercam.
Esta expressão "gente humilde" e a observação do que ocorre nas inundações que assolam São Paulo e, muitas vezes, em outras partes do país, parecem ter muito em comum, porém, não há melodia na vida de quem perde tudo, o pouquinho que conseguiu, e fica a mercê da caridade alheia.
Esta situação instável, precária e contínua parece não ter solução, governo após governo, trocando-se os partidos ou não. O que fazer? Não há investidores da área privada que se interessem em financiar moradias dignas, com área urbanizada, de meio acessível para estas pessoas, porque não lhes dá a gordura do lucro esperado. Então, questionando o tema, há entidades que possam tornar esta situação como causa, como busca de soluções? Este ano, São Paulo teve estas áreas mapeadas, estudadas, há redução (isenção) de impostos, há novo projeto para indenização das vítimas, o que acena uma provável melhoria na vida desta "gente humilde".
Neste sentimento de solidariedade, em que vemos mulheres amontoadas com seus filhos e dependentes em abrigos improvisados, numa divisão de intimidade, numa ansiedade em saber o que fazer, o que comer, o que vestir, como fazer uma higiene adequada, como cuidar da saúde, como repousar tranqüilamente numa noite de sono; resta-nos refletir nos direito básicos e fundamentais dessa "gente humilde".
Quem sabe alguns empresários, e algumas entidades não-governamentais promovam campanhas sociais, somados todos, possam, junto com os governantes, encontrar soluções adequadas para estas trabalhadoras, mães, com muitos ou poucos filhos, ou gorda, ou negra, ou sem dente ou semi-analfabeta, mas antes de tudo mulher, tenha uma condição digna de "gente humilde" para distribuir o sonho de melhores dias para seus rebentos.
Uma cidade tão rica, tão valiosa no cenário nacional e mundial, com tanta força política, com tantos especialistas nas mais variadas áreas, hão de encontrar soluções para breve, é assim que confiamos e esperamos, para que se comemore o Dia Internacional da Mulher, o Mês da Mulher, o Ano Nacional da Mulher, de modo justo e com eqüidade social.
Agradecemos todos os inúmeros convites recebidos e mensagens pelo transcurso de 08 de março, e pelo 17º Aniversário do Projeto ESPAÇO MULHER, respectivamente.
Receba um abraço de Elisabeth Mariano(*) e equipe.
(*) Elisabeth Mariano - fundadora do Projeto ESPAÇO MULHER, mestrado em Liderança, pós graduação em Política Internacional e em Comunicação Social, bacharelado em Letras; escritora e poetisa.
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