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Edição nº 36 - de 15 de Janeiro de 2005 a 14 de Fevereiro de 2005

MILHÕES DE "UM MINUTO DE SILÊNCIO" NO MUNDO

Na quantificação do tempo, um minuto pode ser muito ou pouco, necessário ou indispensável, em que nascem ou morrem milhares de pessoas no mundo.

Na civilidade moderna, a raça humana simboliza seus sentimentos de dor coletivamente com "um minuto de silêncio", que faz parte das cerimônias protocolares, políticas, governamentais e públicas.

Porém, se tivéssemos que fazer "um minuto de silêncio" pela dor de se ver quase (ou mais) de 30 milhões de pessoas morrerem de fome no mundo, não sobraria tempo para mais nada; mesmo porque os focos das câmaras televisivas e a mídia mundial não estariam lá para noticiar isto diariamente. Entretanto, quando ainda, muitos ricos embalados por seus sonhos turísticos e festivos viviam férias paradisíacas, numa mensagem catastrófica de revisão de valores "os tsunamis" demonstraram a fragilidade das riquezas humanas.

Um minuto poderia salvar a vida de muitos, mas terminou a de milhares outros, mediante a força misteriosa das águas.

A natureza cria, transforma, corrige, mata, enterra, renasce...

Porém, a dor de quem perdeu sua família e seu "habitat cultural " de morador da região é tão grande quanto aos que perdem seus barracos e seu filhos, ao desmoronarem barrancos de nossas favelas, sob a força da água das chuvas.

O que milhões de seres humanos constroem durante milhares de anos, a natureza destrói e reconstrói em milionésimo de segundo.

Pode-se chamar esta natureza de Deus, God, Buda, Alá, Espírito, Energia, enfim com todos os nomes que simbolizem um Criador. Mas, não se pode deixar de crer que há algo infinitamente superior a tudo o que vemos, somos, sabemos e fazemos, e que há uma outra dimensão de tempo diferente da nossa em um espaço que desconhecemos.

Para afirmar isto basta refletir sobre o mistério da vida e o da morte, o momento da concepção e o da expiração, é um "milionésimo de segundo" diante do "minuto de silêncio" da fragilidade humana.

Que os "Tsunamis" possam também fazer-nos refletir não só sobre o valor da vida e da morte, mas, principalmente, como transformamos ou destruímos a vida das pessoas que morrem de fome, no Brasil e no mundo. Fome de alimento, de apoio, de carinho, de compreensão, de aceitação, de atenção, de oportunidades para desabrochar na sua dignidade humana.

Que os milhões de "minutos de silêncio" do mundo diante dessa tragédia e de outras, nos conduzam a uma qualidade de vida espiritual, transcendendo a material.

Com o nosso pesar e esperança nos bons atos da humanidade contemporânea, entregamos-lhe esta edição 36, com votos de muito sucesso.

Abraço de Elisabeth Mariano e equipe ESPAÇO MULHER.

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