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Edição nº 83 - de 15 de Dezembro de 2008 a 14 de Janeiro de 2009
POR UMA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS JÁ!
Uma Educação Inclusiva de Qualidade
Sob este título recebi recentemente enviado pelo psiquiatra dr. Jorge Márcio Pereira de Andrade um importante artigo, sobre a Semana Mundial de Ação pela Educação de 2008, a qual foi centrada na educação de qualidade para colocar um fim na Exclusão.
E que preconiza que os esforços realizados para ampliar a escolarização devem ser acompanhados pela aplicação de medidas destinadas a incrementar a qualidade da educação, tanto formal como não formal, a todos os níveis.
E que ressalta:
A EDUCAÇÃO É UM DIREITO FUNDAMENTAL DE TODAS AS CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS, SEJAM QUAIS FOREM SUA IDADE, SEXO, ETNIA, IDIOMA, RELIGIÃO, OPINIÃO, CONDIÇÃO SOCIOECONÔMICA OU DEFICIÊNCIAS.
O estudo apresenta dez perguntas que esclarecem sobre vários ângulos e políticas públicas na área da Educação, e, por tratar-se de um texto muito longo, daremos ênfase apenas ao item nº 10, e sugerimos a seguir o link enviado deste artigo da UNESCO.
(com tradução livre: Jorge Marcio Pereira de Andrade)
“10. A educação inclusiva propicia o surgimento de uma sociedade com maior capacidade de integração/inclusão?
A exclusão de uma pessoa do sistema educativo é um fenômeno que deve começar deste as mais precoces etapas da vida. Daí ser imperativo adotar uma visão holística da educação. Os programas globais de atenção e educação da primeira infância melhoram o bem-estar da criança, as preparam para seu ingresso na escola fundamental e, uma vez escolarizada, lhes oferecem mais possibilidades de obter bons resultados de aprendizagem. Todos os dados empíricos disponíveis mostram, sem dúvida, que são as crianças mais desfavorecidas e vulneráveis os que menos se beneficiam desses programas. O fato de que os adultos da família - e mais concretamente as mães - saibam ler e escrever influi consideravelmente na decisão de escolarizar aos seus filhos e, em particular, às meninas.
A vinculação da educação inclusiva a metas de desenvolvimento mais gerais contribuirá para a reforma dos sistemas educativos, para a diminuição da pobreza e a conquista do conjunto das Metas de Desenvolvimento do Milênio.
Um sistema educativo inclusivo traz benefícios a todos os educandos, sem que se discrimine a nenhum indivíduo ou grupo.
Além disso, está cimentado nos valores universais da democracia, da tolerância e ao respeito à DIFERENÇA.” Acesso: http://portal.unesco.org/education/es/ev.php-URL_ID=56313&URL_DO=DO_TOPIC&URL_SECTION=201.html).
(Fonte: InfoAtivo DefNet - nº 4162 - Ano 12 – Dezembro – Edição extra in - http://www.defnet.org.br)
O que queremos destacar referenciando este texto é a importância da escolarização de adultas, quando mães, para que possam também incentivar suas filhas conduzindo-as para a escola, não só para a alfabetização, mas também no preparo educacional em geral.
A Plataforma de Ação de Beijing, 1995 / ONU trabalha muito esta questão da escolarização e educação das meninas e jovens, além da profissionalização, e dos cuidados de higiene e saúde.
Quando nos deparamos atualmente com as estatísticas de envolvimento de meninas, algumas pré-adolescentes já enfrentando gravidez precoce, contaminação por AIDS e outras DSTs, e o abuso delas no tráfico de seres humanos, e exploração de mão-de-obra em serviços domésticos, além do envolvimento em crimes e na prostituição infanto-juvenil, (aliás, fatos escancarados em páginas de jornais denunciando a falta de políticas públicas por prefeituras de grandes cidades), torna-se necessário mais requerer que as novas normas educacionais inclusivas da UNESCO sejam respeitadas, além das convenções e tratados ratificados pelo Brasil, com amplo aparato legal para este fim.
Há um velho adágio que prega: “educar uma menina, é educar uma família e uma nação”.
Quem é mãe sabe que não há “escolas de formação de mães” é algo que se aprende, às vezes, até errando, contudo a educação formal poderá ampliar os horizontes provocando mais acertos. De nada vale apenas responsabilizar as mães por violência infanto-juvenil nas escolas, é preciso dar apoio, orientação, acesso de escolarização e profissionalização também a essas mães e suas filhas.
Nossa sugestão é de que as ONGs femininas tenham em seus objetivos, algum tipo de política para verificar e ajudar a implementar meios para que as meninas de nosso país possam ter o acesso a educação, e corram menos riscos em suas frágeis e quiçá promissoras vidas.
Com um agradecimento especial a todo o apoio e colaboração que nos foi dedicada em 2008, e na esperança de um ano 2009 muito feliz e pleno de realizações para cada um de nós, entregamos esta edição nº 83 para você, na expectativa de termos colaborado com as notícias selecionadas. E, um fraternal abraço de Elisabeth Mariano e da equipe ESPAÇO MULHER INFORMA...
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
Temos muito amor e vontade ajudar. Pena que isto só não basta. A Associação - A.V.I.C.A.V.C. com apenas 30 voluntárias, há 71 anos, ajuda quase dois mil pacientes diários (que são pessoas idosas, adultas e jovens carentes), a maioria sem convênio médico, ou só com o SUS, tratando-os gratuitamente no Hospital do Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho, o qual é situado no terreno da Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo.
Por meio de bazares diários no prédio do hospital e de dois chás beneficentes anuais, e com doações em dinheiro, objetos e remédios elas oferecem os recursos para promover o diagnóstico, a prevenção e a detecção do câncer, incentivam as investigações científicas, promovem cursos de especialização e aperfeiçoamento e cooperam nas campanhas de combate ao câncer junto à entidades públicas ou privadas, nacionais e internacionais.
Com este trabalho das voluntárias da A.V.I.C.A.V.C. e com as doações recebidas são comprados até equipamentos e máquinas necessárias além de algumas medicações importadas. Para colaborar você pode doar desde objetos usados e de pequeno porte, em bom estado, tais como roupas, calçados, bijuterias, acessórios do lar e de decoração, utensílios domésticos, os quais são vendidos no bazar diário, na sede do hospital.
Também são necessárias e urgentes muitas doações para uso pessoal dos pacientes, tais como camisolas, pijamas, lençóis, fronhas, cobertores, toalhas de banho, os quais são usados durante a internação hospitalar, sendo que na higienização para desinfectá-los há um desgaste rápido dos tecidos, portanto, precisa de reposição contínua.
Também podem ser doados para uso pessoal dos pacientes produtos de higiene (sabonetes de glicerina, pentes, escovas, cotonetes, absorventes etc). E para a desinfecção do hospital é necessária uma grande quantidade de produtos de limpeza em geral e papel higiênico, portanto, aceitam-se também estas doações.
Para os dois chás beneficentes realizados durante cada ano aceitam-se objetos novos de pequeno porte, assim como, aparelhos de televisão, forno de microondas, rádios, liquidificadores, batedeiras, ferro de passar roupa, faqueiros, jogos de chá e café, secadores de cabelos, depiladores etc. para sorteio, pois quanto melhor forem o prêmio mais são vendidos os convites, arrecadando mais verbas.
Você também pode doar dinheiro, em qualquer quantia, depositando nas contas correntes dos bancos: Banco Itaú - Vila Buarque - agência 0553 - cc. 123 225 - Banco Banespa - Santo Amaro - agência 104 - cc. 1 302 133-8.
Saiba que você poderá ser uma voluntária, basta inscrever-se e ser treinada durante três meses, se aprovada na seleção, você será mais uma valiosa e incansável colaboradora da A.V.I.C.A.V.C. Mais informações pelo e-mail: avicavc@ig.com.br.