Na recente “indisposição” contra um anúncio de lingeries, em que ocorre um debate se contém uma mensagem propagadora de estereótipos contra as mulheres, ou não, ao ser levado o caso pela Secretaria de Políticas paras a Mulheres ao CONAR (órgão regulador publicitário), ocorreu a partir deste fato, o reconhecimento de que houve a aplicação de estereótipos, mas que trata-se de algo comum no cotidiano das pessoas, não havendo uma punição para este fim.
O que quer dizer isto? Que toda a área da comunicação social, tanto na divulgação publicitária, novelas, humor dentre outros, está permanentemente no uso dessas “liberdades sociais e políticas” que fazem parte do repertório consuetudinário.
Todavia, ao se buscar a definição do significado do “consuetudinário”, há de se entender que trata-se de algo “comportamental habitual”, parte dos costumes, a exemplo disto: permanecer em fila por ordem de chegada, levantar a mão para interromper, ou perguntar algo em uma palestra, ou em sala de aula.
Contudo, há o conceito do Direito Consuetudinário, que resumidamente, apregoa ser um conjunto de normas (ou leis não escritas, muitas vezes) que estão consagradas pelos usos e costumes tradicionais de um povo ao longo dos tempos, e que venha sendo praticado sem ofender ao sistema jurídico legal e ao andamento da ordem pública.
Diante dos Novos Direitos conquistados pelo Gênero Feminino, assentados e ratificados pelo Brasil nos Tratados e Convenções Internacionais, ao se usar os estereótipos, ultrapassa-se o Direito Consuetudinário, prejudicando em imagem dos coletivos (aqueles que não aceitam ser tratados pejorativamente, e que têm o direito de agir e reagir contra o que está sendo apresentado na mídia, ou onde possa ferir seus direitos).
Discussão fértil e favorável para a mudança dos comportamentos em pleno século 21, não só da mídia brasileira, mas das instituições em geral, incluindo o sistema judiciário, que ainda não mantém nos julgamentos o respeito aos Novos Direitos do Gênero Feminino, no qual se inclui a LINGUAGEM NÃO-SEXISTA (ratificado pelo Brasil nas normas da UNESCO).
Nossos cumprimentos e parabéns a Ministra Iriny Lopes da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) que cumpre o seu papel na sua função para a qual foi nomeada.
Para que haja melhor entendimento o que leva a usos e costumes “deturpados” da realidade saudável, na qual se respeite o direitos de todas as pessoas, a seguir apresentamos um artigo na área da Psicologia social, que poderá esclarecer a origem de determinados fatos costumeiros ainda na sociedade brasileira.
Nosso fraternal abraço, com votos de muito suvcesso para voce, entregamos a edição número 117 do Portal ESPAÇO MULHER Informa...
Elisabeth Mariano e equipe.
“Para compreender o que é o preconceito, convém entender primeiro o conceito de atitude baseado nos estudos da Psicologia Social.
ATITUDE é um sistema relativamente estável de organização de experiências e comportamentos relacionados com um objeto ou evento particular.
Para cada atitude há um conceito racional e cognitivo - crenças e ideias, valores afetivos associados de sentimentos e emoções que, por sua vez, levam a uma série de tendências comportamentais: predisposições.
Portanto, toda atitude é composta por três componentes: um cognitivo, um afetivo e um comportamental:
a cognição – o termo atitude é sempre empregado com referência à um objeto. Toma-se uma atitude em relação a que? Este objeto pode ser uma abstração, uma pessoa, um grupo ou uma instituição social.
o afeto – é um valor que pode gerar sentimentos positivos, que, por sua vez, gera uma atitude positiva; ou gerar sentimentos negativos que pode gerar atitudes negativas.
o comportamento – a predisposição: sentimentos positivos levam à aproximação; e negativos, ao esquivamento ou escape.
Dessa forma, entende-se o PRECONCEITO como uma atitude negativa que um indivíduo está predisposto a sentir, pensar, e conduzir-se em relação a determinado grupo de uma forma negativa previsível.
É um fenômeno histórico e difuso;
A sua intensidade leva a uma justificativa e legitimização de seus atos;
Há grande sentimento de impotência ao se tentar mudar alguém com forte preconceito.
Vemos nos outros e raramente em nós mesmos.
Assim como as atitudes em geral, o preconceito tem três componentes: crenças; sentimentos e tendências comportamentais. Crenças preconceituosas são sempre estereótipos negativos.
Segundo Allport (1954) o preconceito é o resultado das frustrações das pessoas, que, em determinadas circunstâncias, podem se transformar em raiva e hostilidade. As pessoas que se sentem exploradas e oprimidas freqentemente não podem manifestar sua raiva contra um alvo identificável ou adequado; assim, deslocam sua hostilidade para aqueles que estão ainda mais “baixo”na escala social. O resultado é o preconceito e a discriminação.
Já para Adorno (1950), a fonte do preconceito é uma personalidade autoritária ou intolerante. Pessoas autoritárias tendem a ser rigidamente convencionais. Partidárias do seguimento às normas e do respeito à tradição, elas são hostis com aqueles que desafiam as regras sociais. Respeitam a autoridade e submetem-se a ela, bem como se preocupam com o poder da resistência. Ao olhar para o mundo através de uma lente de categorias rígidas, elas não acreditam na natureza humana, temendo e rejeitando todos os grupos sociais aos quais não pertencem, assim, como suspeitam deles. O preconceito é uma manifestação de sua desconfiança e suspeita.
Há também fontes cognitivas de preconceito. Os seres humanos são “avarentos cognitivos” que tentam simplificar e organizar seu pensamento social o máximo possível. A simplificação exagerada leva a pensamentos equivocados, estereotipados, preconceito e discriminação.
Além disso, o preconceito e a discriminação podem ter suas origens nas tentativas que as pessoas fazem para se conformar(conformidade social). Se nos relacionamos com pessoas que expressam preconceitos, é mais provável que as aceitemos do que resistamos a elas. As pressões para a conformidade social ajudam a explicar porque as crianças absorvem de maneira rápida os preconceitos e seus pais e colegas muito antes de formar suas próprias crenças e opiniões com base na experiência. A pressão dos colegas muitas vezes torna “legal” ou aceitável a expressão de determinadas visões tendenciosas – em vez de mostrar tolerância aos membros de outros grupos sociais.
A convivência, através de uma atitude comunitária é, talvez, a forma mais adequada de se reduzir o preconceito.
É um conjunto de características presumidamente partilhadas por todos os membros de uma categoria social. É um esquema simplista mas mantido de maneira muito intensa e que não se baseia necessariamente em muita experiência direta. Pode envolver praticamente qualquer aspecto distintivo de uma pessoa – idade, raça, sexo, profissão, local de residência ou grupo ao qual é associada.
Quando nossa primeira impressão sobre uma pessoa é orientada por um estereótipo, tendemos a deduzir coisas sobre a pessoa de maneira seletiva ou imprecisa, perpetuando, assim, nosso estereótipo inicial.
É a crença na inferioridade nata dos membros de determinados grupos étnicos e raciais. Os racistas acreditam que a inteligência, a engenhosidade, a moralidade e outros traços valorizados são determinados biologicamente e, portanto, não podem ser mudados. O racismo leva ao pensamento ou/ou:ou você é um de nós ou é um deles.
Por Regina Célia de Souza
ATENÇÃO: LEIA AS REPORTAGENS A SEGUIR E FAÇA UMA REFLEXÃO CONSIDERANDO OS CONCEITOS DE ESTEREÓTIPO E PRECONCEITO.
(Fonte: brasil escola » psicologia » atitude, preconceito e estereótipo - http://www.brasilescola.com/psicologia/atitude-preconceito-estereotipo.htm, data de acesso em 13/10/2011)
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