Portal Espaço Mulher Informa...


Edição nº 181 - de 15 de Fevereiro de 2017 a 14 de Março de 2017


AS COMEMORAÇÕES EM 2017, NO DIA 8 DE MARÇO, DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Milhares e milhares de Mulheres (milhões somadas todas) estarão em 8 d março, em todas as partes e recantos do mundo celebrando este dia, muitas em correntes e marchas pré-organizadas com atividades mundiais, nas quais estarão protestando, exigindo direitos, denunciando violências, e até mesmo premiando as conquistas que muitas tiveram em áreas tão notáveis do saber, das pesquisas, e inovações tecnológicas e científicas etc. Mais do que nunca as mulheres estão sendo protagonistas de atos e atitudes, cujas até então antes sequer eram imaginadas para elas.

Dar visibilidade ao quanto é importante com seu trabalho, com sua criatividade, com sua dedicação à família, com a sua mão de obra para a construção e desenvolvimento econômico do país, e até para a segurança da pátria.

Nesta edição trazemos muitas informações nacionais e internacionais desde o expoente máximo que é a ONU MULHERES até aos patamares da união de Mulheres em ONGs e em entidades classistas, de direitos humanos etc.

Muitas críticas ainda existem de pessoas desinformadas, elitistas, que sequer são cultas, pois se o fossem saberiam as origens de tais movimentos e os motivos que os alicerçaram ao longo de alguns séculos, portanto, não teriam motivo para perseguir e ridicularizar mulheres que estejam, engajadas em atividades do campo “feminístico”, ou nas esferas de estudos do  “feminismo ou feminista”.

“A ideia de criar o Dia da Mulher surgiu no final do Século XIX e início do século XX nos Estados Unidos[1] e na Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, de direito de voto. (* https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Mulher)”

“O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher (* http://www.portaldafamilia.org/datas/diadamulher/origem8demarco.shtml).”

Nossos parabéns a todas as mulheres que estão engajadas, nos vários segmentos de exigências e manutenção de direitos de todas nós Mulheres!

Sem a união de todas, não teríamos a visibilidade e as transformações sociopolíticas em todo o mundo, nem sequer a sustentabilidade das agências da ONU, para nos apoiarem com suas pesquisas e negociações de tratados, plataformas, acordos e recomendações etc.

Sugerimos que você aqui nossa leitora promova junto a sua família, colegas, e amigas, em quaisquer lugares (igrejas, clubes, empresas) uma pequena reunião com um diálogo entre as mulheres, que todas possam expressas as suas vivencias, dificuldades, expectativas e como poderão unirem-se para superar alguns obstáculos inerente a todas.

Nosso cordial abraço aos homens que tanto nos apoiaram até aqui, e, principalmente nosso fraternal abraço a todas as mulheres, pois foi para elas, e com muitas delas que chegamos ao marcador de 30 anos de implementação do ESPAÇO MULHER.

Foi uma honra e alegria estarmos juntas, com algumas continuadamente, outras de formas esporádicas, mas foi a soma de cada pessoa que construiu também este patrimônio de estudos e busca de soluções para todos os extratos sociais a que tivemos oportunidade servir e colaborar.

Muito gratas que somos a todas as pessoas que somaram, multiplicaram e dividiram conhecimentos, colaborações, fraternidade.

Para comemorar, agora trazemos a novidade do lançamento da TV EMBELEZAR online e da Rádio EMBELEZAR on line, e, da TV ESPAÇO HOMEM on line e da Rádio ESPAÇO HOMEM on line. Além de que continuamos com o sucesso da TV ESPAÇO MULHER on line e da Rádio ESPAÇO MULHER on line.

A VOZ NA INTERNET PARA TODOS E TODAS. Nova edição em todos os dias 15 de todos os meses.

Assista, ouça, participe, divulgue! Isto nos ajudará muito mesmo! E, estaremos a sua disposição para receber sugestões e informações, suas notícias.

Que sejamos todos abençoados e que possamos trazer muito desenvolvimento e divulgação para quem colabora com todas as nossas iniciativas.

Elisabeth Mariano, equipe Portal ESPAÇO MULHER INFORMA... (http://www.espacomulher.com.br) e blog ESPAÇO HOMEM (http://espacohomem.inf.br)

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Princípios de Empoderamento das Mulheres (ONU MULHERES)

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DIA ‘SEM MULHER’:

O MUNDO SE PREPARA PARA UMA GREVE INTERNACIONAL FEMININA

‘Ni una menos’ na América Latina ou o Marcha das Mulheres dos EUA lideram uma nova era no protesto feminista

Noelia Ramírez, 10 fev 2017 - 19:30 cet

Manifestante na Marcha das Mulheres, em janeiro. SAIT SERKAN GURBUZ AP

“Se nosso trabalho não vale, produzam sem nós”.

Cecilia Palmeiro, uma das portavozes de “Ni Una Menos”, resume assim por que o grupo de mulheres convoca no próximo 8 de março uma greve nacional feminina na Argentina. Elas não serão as únicas a se levantar e deixar seus postos de trabalho voluntariamente para “protestar contra o feminicídio, a exploração no trabalho/econômica e a desumanização e desierarquização das mulheres”.

Mulheres de outros 30 países também planejam fazer a greve, prevendo um histórico Dia da Mulher. Grupos feministas da Austrália, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, República Checa, Equador, Inglaterra, França, Alemanha, Guatemala, Honduras, Islândia, Irlanda do Norte, Irlanda, Israel, Itália, México, Nicarágua, Peru, Polônia, Rússia, El Salvador, Escócia, Coreia do Sul, Suécia, Togo, Turquia, Uruguai e EUA confirmaram a convocatória que tem o objetivo de deixar escritórios, lojas, fábricas ou qualquer trabalho sem a presença do sexo feminino para protestar contra as desigualdades de gênero e a violência machista.

“A ideia é se apropriar da greve como ferramenta política para expressar as nossas demandas e intervir concretamente na ordem da produção”, conta por e-mail esta acadêmica, doutora em Literatura Latino-americana. Ela explica que a greve de 8 de março começou a ser planejada depois do forte movimento argentino de mulheres de 19 outubro – a chamada quarta-feira negra contra os 200 assassinatos anuais por violência machista no país – e da segunda-feira negra de 3 de outubro na Polônia, quando milhares de mulheres pararam e protestaram contra a restritiva lei de aborto impulsionada pelo Executivo polaco, que depois foi rechaçada pelo Parlamento pela pressão das marchas. “Entramos em contato com as companheiras polonesas e coreanas, que também tinham parado, para construir uma articulação internacional”, conta.

O protesto internacional é inspirado no Dia Livre das Mulheres islandesas de 1975, quando 90% das cidadãs deixaram seus postos de trabalho em 24 de outubro desse ano para protagonizar uma grande manifestação nas ruas do país e marcar um ponto de inflexão na luta pela igualdade de direitos. “Com esta greve demos visibilidade para o trabalho doméstico não remunerado e para o fato de que as mulheres ganham, em média, quase 30% menos que os homens pelas mesmas tarefas. Com nosso trabalho invisibilizado em casa e desvalorizado no mercado, as mulheres sustentam a economia capitalista mundial”, explica. A greve, como explica, “permite uma reapropriação do nosso tempo. Uma oportunidade para ensaiar uma divisão mais equitativa do trabalho”.

As anglo-saxãs se inspiraram nelas e entenderam bem. Angela Davis e outras ativistas do mundo acadêmico assinaram no The Guardian desta semana a carta Mulheres dos Estados Unidos, vamos fazer greve. Vamos nos unir e assim Trump verá nosso poder, uma carta na qual chamavam à ação para “construir uma greve geral contra a violência masculina e em defesa dos direitos reprodutivos”. Sua ideia é “mobilizar as mulheres, incluindo as transgênero” para construir “um novo movimento feminista internacional com uma agenda expandida: antirracista, anti-imperialista, anti-neoliberal e anti-heteronormativo”.

As ativistas querem se distanciar dos últimos anos marcados pelo marketing do falso empoderamento e da dominação do corporativismo feminista. Uma vertente que dominou a conversa cultural, inclusive nos meios de comunicação, e que esteve empenhada em fabricar líderes com slogans publicitários através de “ideólogas” como Sheryl Sandberg e outras CEO do mercado ou políticas conservadoras que enfiavam suas camisetas “Isso aqui é uma feminista”, enquanto aplicavam as regras do livre mercado às políticas da mulher. Como bem resume em tom cômico a comediante britânica Bridget Christie em A Book for Her (Um Livro para Ela) “o feminismo conservador poderia ser resumido da seguinte forma: Para mim, funcionou, então por que não funcionaria para todo mundo? Ah sim, e quando eu chegar no alto a primeira coisa que vou fazer é colocar obstáculos a todas que tentem seguir meus passos”.

As ativistas norte-americanas também estão profundamente decepcionadas com essa tendência e, após o sucesso esmagador da Marcha das Mulheres de 21 de janeiro – apenas em Washington marcharam cerca de 500.000 pessoas –, se sentiram encorajadas para definir o início de uma nova era na luta pela igualdade. “O feminismo do Lean in (lema de Sheryl Sandberg) e suas variantes não funciona para a maioria de nós, para aquelas que não têm acesso à autopromoção individual e cujas condições de vida só podem ser melhoradas com políticas que defendem e assegurem os direitos reprodutivos e garanta os direitos trabalhistas. Tal como vemos, essas novas ondas de mobilização feminina devem ser direcionadas para todas essas preocupações de maneira frontal”, conta Davis em sua carta.

As norte-americanas, especialistas em batizar tudo, se permitiram rotular essa nova onda global como a do Feminismo do 99%. Um termo que se distancia das raízes capitalistas dos últimos anos e enfatiza os direitos sociais, com a simbologia herdada dos protestos de Occupy Wall Street contra o 1% que sustenta a riqueza global.

“Está claro que a resistência à agenda radical de Trump será liderada por mulheres corajosas lutando pelo nosso futuro”, tuitava recentemente a senadora californiana Kamala Harris.

No próximo 8 de março mulheres de todo o mundo vão deixar seus trabalhos para provar isso.

(Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2017/02/10/estilo/1486744741_095547.html, data de acesso 10/02/2017)

GOVERNOS DA AMÉRICA LATINA E CARIBE SE COMPROMETEM A EMPODERAR MULHERES NO TRABALHO

08.02.2017

No ato de encerramento das consultas regionais, ocorrido na sede do Parlamento Latino-americano e Caribenho, no Panamá, na quarta-feira (8/2), houve forte chamado para países adotarem medidas efetivas para promover o empoderamento econômico das mulheres no mercado de trabalho. Ao final das consultas, foi adotada por unanimidade a Declaração do Panamá, que registra o posicionamento e as propostas da região em preparação à 61ª Sessão da Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres (#CSW61, na sigla em Inglês). A CSW acontecerá, na sede da ONU, entre 13 e 24 de março. Esse é o principal órgão intergovernamental dedicado exclusivamente à promoção da igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres em âmbito mundial.

Ao apresentar a declaração final, a diretora geral do Instituto Nacional da Mulher do Panamá, Liriola Leoteau, destacou o trabalho conjunto das ministras para alcançar um posicionamento comum e unir formas em favor do empoderamento econômico das mulheres.

“Conseguimos uma declaração que nos apresente como região unida na CSW”, destacou, por sua vez, Mariella Mazzotti, diretora geral do Instituto Nacional das Mulheres do Uruguai (INMujeres), a qual preside a Conferência Regional sobre a Mulher na América Latina e Caribe.

A declaração final aponta a necessidade de que as políticas macroeconómicas mitiguem o impacto da recessão no emprego das mulheres. Segundo a Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), em 2016, o PIB regional se contraiu pelo segundo ano consecutivo e, para 2017, as projeções são de um crescimento modesto de 1,3%.

A declaração também aborda a necessidade de superar as barreiras estruturantes que impedem o pleno acesso das mulheres ao trabalho decente. Diante da diferença salarial de 19% entre homens e mulheres na região, os governos exigem legislação que garanta o direito a igual salário por trabalho de igual valor e assegure mecanismos para monitorar o seu cumprimento. Entretanto, na América Latina e Caribe, estima-se que 59% das mulheres trabalhem no setor informal, com níveis mais elevados entre mulheres indígenas, negras e jovens. Para enfrentar esses desafios, a proposta é incrementar os salários mínimos e garantir o acesso de todas as mulheres aos sistemas de proteção social.

As autoridades participantes consideraram a urgência de reconhecer, reduzir e redistribuir o trabalho doméstico e de cuidado não remunerado na América Latina e Caribe, onde as mulheres dedicam entre duas e cinco vezes mais horas do que os homens nas tarefas domésticas.

O empoderamento das mulheres indígenas foi destacado na declaração, exigindo políticas que fortaleçam as atividades econômicas das mulheres rurais e indígenas e de suas organizações, respeitando e protegendo seus conhecimentos tradicionais e ancestrais. O empoderamento das mulheres indígenas está na agenda da CSW61 como tema emergente.

Maria Noel Vaeza, diretora de Programas da ONU Mulheres, destacou que a CSW61 abordará, pela primeira vez, num fórum intergovernamental global o empoderamento das mulheres no mercado de trabalho. Reconhecendo a complexidade atual sobre o ambiente econômico da região, ela assinalou a necessidade de “lançar mão da capacidade de inovação já demonstrada na América Latina e Caribe, do acervo de boas práticas com que contamos, do talento, da perseverança e da capacidade política e de mobilização das mulheres da região”.

A diretora regional da ONU Mulheres para Américas e Caribe, Luiza Carvalho, manifestou o esforço para assegurar que a voz da América Latina e Caribe seja escutada na CSW61, que acontecerá, em março, em Nova Iorque, por meio de um intenso trabalho de defesa junto às missões permanentes nas Nações Unidas e aos atores-chave interessados.

O representante Permanente do Brasil nas Nações Unidas, Mauro Vieira, disse: “É necessário destacar o papel estratégico das agências das Nações Unidas, especialmente da ONU Mulheres, como facilitadoras da cooperação solidária entre os países”.

Os governos também reconheceram que as numerosas representantes do movimento feminista e de mulheres colaboraram nos debates e nos resultados da consulta regional. Mabel Bianco, co-presidenta do Comitê de ONGs para CSW da América Latina e Caribe, comentou: “As representantes das redes e das organizações feministas e de mulheres celebram que, mais uma vez, tivemos a oportunidade de trocar, com as responsáveis pela igualdade de gênero, as nossas necessidades e nossas propostas, com a finalidade de fazer avançar os direitos e a melhoria das condições de vida das mulheres na América Latina.

(Fonte: http://www.onumulheres.org.br/noticias/governos-da-america-latina-e-caribe-se-comprometem-a-empoderar-mulheres-no-trabalho/, data de acesso 10/02/2017)

COMEMORAÇÕES ESPAÇO MULHER - 2016

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