Independentemente de estar com boa formação acadêmica ou em cargos de liderança, ou na presidência de sua própria empresa e /ou cuidando dos seus próprios negócios, ou sendo uma importante cirurgiã, ou sendo uma professora doutora, ou sendo uma notável líder classista...
DE ALGUM MODO, SEMPRE AS “MULHERES SERÃO MÃES /AVÓS, ESPOSAS, DONAS DE CASA...
Mesmo que disponham, de uma quadro funcional de empregados, secretários, motoristas, diretorias/consultorias, e conselheiros etc.
Após os relevantes compromissos profissionais/empresariais etc. ao retornar para a própria casa, e de ter muitas colaboradoras na gestão doméstica, terá que gerenciar o sistema geral de comprar, de horários funcionários da casa, da recepção de amigos em festas etc.
Ou seja, será a “dona de casa” administradora com auxiliares para serviços domésticos, e de auxílio as tarefas que sirvam ao conforto de seus familiares também.
Nosso fraternal abraço as mulheres donas de casa, e as que estão nas lideranças!!!
Elisabeth Mariano e equipe JORNAL DA MULHER BRASILEIRA.
Elaine Machado
Clique aqui e ouça a música, acompanhe com a letra a seguir
Tá pensando o quê?
Eu pego no batente dentro do meu lar
Não fico de bobeira, de pernas pro ar
Vai ver que eu trabalho mais do que você
Tá pensando o quê?
Eu quero ver você lavar e cozinhar
Gerar uma criança e depois cuidar
É só ter consciência pra reconhecer
Eu dou meu jeito
Quando a criança chora
E de repente chega a hora da escola
Quando eu penso que já terminei
Limpo de novo o que já limpei
E nem recebo pra fazer cerão
No fim do dia deixo tudo arrumadinho
Eu faço tudo com amor e com carinho
Sou a parte mais perfeita da costela de Adão
Sou mulher
E tenho meu nome
Sei teu sobrenome
Não morro de fome
E sem esculacho
Sou até mais homem do que muito homem
Sou mulher
E tenho orgulho em dizer
ACESSE PELO LINK ABAIXO
https://www.letras.mus.br/elaine-machado/dona-da -casa/
Para informações, críticas, sugestões, envio de notícias, para anunciar, contate-nos.
Prof.ª Ana Carolina Delgado Vieira é graduada e mestre em História pela Universidade de São Paulo e tem especialização em conservação de materiais arqueológicos pelo Instituto de Conservação Yachaywasi de Lima, Peru. É conservadora do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade de São Paulo (USP) desde 2008. No MAE é responsável por realizar levantamentos de estado de coleções e itens individuais, análises técnicas, tratamentos de conservação e preparação de itens de coleção para exposição, empréstimo, movimentação e pesquisa. Ela é chefe de conservação desde 2013. E cofundadora do Instituto de Conservação e Restauro Pachamama. Seus interesses atuais de pesquisa em tópicos relacionados à colaboração interdisciplinar, participações indígenas e como os conservadores podem ajudar a reformular museus tradicionais etnográficos por meio do trabalho colaborativo com criadores ou descendentes de criadores de coleções indígenas no Brasil. Ela é coordenadora assistente do Grupo de Trabalho de Objects from Indigenous and World Cultures do International Council of Museums - Commitee for Conservation (ICOM-CC). É doutoranda pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN–CNEN/SP) da Universidade de São Paulo, onde sua pesquisa se concentra no uso da radiação ionizante para a preservação do patrimônio cultural.
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/5807795733517795
Se você quer conhecer mais o trabalho do IPEN, veja aqui este link: https://intranet.ipen.br/portal_por/portal/interna.php?secao_id=39&campo=15672
E-mail: ana.carolina.vieira@usp.br
Site: https://icrpachamama.com.br
Facebook: @ICRPachamama
Instagram: @icrpachamama
Marília Rodrigues
Tenho 26 anos atualmente eu moro e trabalho na cidade de Diadema/SP. sou microempreendedora na área da beleza, tenho um Studio de sobrancelhas e micropigmentação. Tem 5 anos que me dedico a esse universo da sobrancelhas. Tenho curso técnico em estética me formei em 2015 e daí para a frente fiz vários cursos de especialização em micropigmentação, designer de sobrancelhas e maquiagem profissional, amo trabalhar com mulheres principalmente quando conseguimos elevar a autoestima delas.
Instagram: @mariliarodriguesstudio
Número de habitantes do planeta aumenta em 83 milhões em relação ao ano passado, segundo estimativa de fundação alemã.
Maior crescimento é registrado na África.
Marca de 8 bilhões deve ser alcançada em 2023.No fim de 2019, haverá 7,75 bilhões de pessoas no mundo, de acordo com a estimativa da Fundação Alemã para a População Mundial (DSW) divulgada nesta sexta-feira (20/12).
Isso representa um aumento de cerca de 83 milhões em relação ao ano passado, o que equivale a aproximadamente o número total de habitantes da Alemanha.
(Continua...)
A primeira a pular da cama. É dureza a sua rotina.
Cuidar dos que ela ama.
Seu trabalho nunca termina! E limpa, e arruma, e lava, e passa, e faz compra, e faz comida...
Sem a sua gana e a sua raça, o que seria de nossa vida?! Obrigado por tudo!
Parabéns pra mim, parabéns pra você! Meus parabéns a todas as mulheres guerreiras, mulheres vitoriosas, mulheres abençoadas!
Flores a todas as donas de casa!"
Parabéns a todas as donas de casa pelo seu dia!
Que Deus nos abençoe e proteja neste e em todos os dias da nossa vida!
Parabéns para elas (ou eles) que administram uma casa com maestria,
tarefa árdua e não muito reconhecida.
Que Deus abençoe a todas(os) com saúde e força!
Thâmara Kaoru
Do UOL, em São Paulo
21/03/2018 04h00Atualizada em 06/03/2019
Lavar, passar, cozinhar e cuidar dos filhos. As donas de casa podem não ter carteira assinada, mas trabalham muito a vida toda.
E elas têm direito à aposentadoria do INSS, mesmo que tenham passado a maior parte do tempo sem contribuir.
Neste momento em que se discute a reforma da Previdência, muita gente pode pensar que não dá mais tempo de conseguir esse benefício.
É possível, em qualquer idade, começar a fazer isso.
Veja mais abaixo o que é preciso para se cadastrar no INSS, contribuir e garantir uma aposentadoria para a velhice.
De acordo com o advogado Roberto de Carvalho Santos, presidente do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários), as donas de casa que querem se aposentar precisam começar a contribuir como seguradas facultativas.
Essa contribuição mensal pode começar a qualquer momento. A exigência principal é que os pagamentos sejam feitos por pelo menos 15 anos.
Quem nunca contribuiu deverá primeiro se cadastrar no INSS, afirma o especialista.
A filiação pode ser feita pelo telefone 135 ou pelo site (Clique em "cidadão, "inscrição" e, depois, em "filiado"). Nesse cadastro, não é preciso apresentar documentos, apenas informar os dados pessoais para gerar um número de inscrição.
Após essa etapa, é possível começar a recolher.
Confira os tipos de contribuição:
Para receber aposentadoria de um salário-mínimo
Essa opção é para homens e mulheres de famílias de baixa renda que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico em sua casa.
Contribuição: 5% do salário-mínimo por mês (R$ 47,70, em 2018).
Aposentadoria: É possível se aposentar por idade com 15 anos de contribuição e 65 anos de idade, no caso dos homens, ou 60 anos, no das mulheres.
Valor da aposentadoria: um salário-mínimo (R$ 954, em 2018).
Código de recolhimento mensal: 1929.
Exigências: A dona de casa não pode ter renda própria de nenhum tipo, incluindo aluguel e pensão.
Também deve ter renda familiar de até dois salários-mínimos (R$ 1.908, em 2018) e estar inscrita no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) com a situação atualizada nos últimos dois anos.
Quem não se enquadra nas regras de dona de casa de baixa renda precisa contribuir com uma alíquota maior.
Contribuição: 11% do salário-mínimo (R$ 104,94, em 2018).
Aposentadoria: É possível se aposentar por idade com 15 anos de contribuição e 65 anos de idade, no caso dos homens, ou 60 anos, no das mulheres.
Ou seja, se a dona de casa nunca contribuiu, terá que pagar 15 anos de INSS para ter direito à aposentadoria.
Valor da aposentadoria: um salário-mínimo (R$ 954, em 2018).
Código de recolhimento mensal: 1473.
Para receber mais do que o salário-mínimo
- Contribuição sobre o teto previdenciário
Quem quer se aposentar com um valor maior do que o salário-mínimo precisa contribuir com mais. Esse tipo de contribuição compensa para quem já teve carteira assinada.
Contribuição:
Começa com 20% do salário-mínimo (R$ 954, em 2018) e vai até 20% do teto previdenciário (R$ 5.645,80, em 2018).
Ou seja, a dona de casa deverá pagar entre R$ 190,80 e R$ 1.129,16 para o INSS.
Aposentadoria: É possível se aposentar por idade, com 15 anos de contribuição. Outra opção é a aposentadoria tempo de contribuição.
É preciso ter 35 anos de contribuição, no caso dos homens, e 30 anos de contribuição, no das mulheres. Não há idade mínima, mas há aplicação do fator previdenciário. Outra alternativa é a fórmula 85/95, que dá benefício integral quando a soma da idade com o tempo de contribuição chega a 85 pontos, no caso das mulheres, e 95 pontos, no dos homens.
Valor da aposentadoria: dependerá de quanto a segurada contribuir. O máximo é o teto previdenciário (R$ 5.645,80).
Código de recolhimento mensal: 1406.
Como fazer o pagamento
A dona de casa terá que gerar uma guia da Previdência Social pelo site ou comprando carnês nas papelarias e preenchendo manualmente.
Será necessário informar um dos códigos descritos acima, de acordo com a categoria escolhida.
O recolhimento deve ser feito até o dia 15 de cada mês. Se a data cair em um feriado ou final de semana, o pagamento fica para o dia útil seguinte.
Para a contribuição de março, por exemplo, o pagamento terá que ser feito até o dia 16 de abril (dia 15 de abril cairá em um domingo).
A legislação não permite a antecipação das contribuições. Ou seja, a dona de casa não pode contribuir de uma só vez o que pagaria em um ano, por exemplo.
Porém, é possível fazer pagamentos trimestrais para quem recolhe sobre o salário-mínimo. O pagamento deve ser feito nas seguintes datas:
Outros benefícios
Quem paga INSS tem direito não só de se aposentar, mas também de ter benefícios como aposentadoria por invalidez, auxílio-doença e salário-maternidade, afirma o advogado previdenciário Rômulo Saraiva.
Porém, nesses casos, é preciso cumprir um período de carência, ou seja, um tempo mínimo de contribuições:
Para aposentadoria por invalidez e auxílio-doença: 12 contribuições
Salário-maternidade: 10 contribuições
Pensão por morte: não há carência. Apesar disso, a duração da pensão por morte pode variar conforme o tempo de contribuição, o tipo de beneficiário e a idade dele.
Se a morte ocorrer sem que a segurada tenha realizado 18 contribuições ao INSS ou se o casamento tem menos de dois anos, por exemplo, a duração da pensão para o marido será de quatro meses.
Se o segurado deixar de contribuir por seis meses, ele perde o direito à cobertura previdenciária.
Para voltar a ter o direito, ele precisará ter seis contribuições, no caso da aposentadoria por invalidez e auxílio-doença, e cinco contribuições, no caso do salário-maternidade, afirma a advogada e presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), Adriane Bramante.
Quem nunca contribuiu
Se a dona de casa nunca contribuiu, uma opção de benefício é o BPC (Benefício de Prestação Continuada). Ele é pago para idosos com 65 anos ou mais que comprovem baixa renda.
Para ter direito, é preciso que a renda média por pessoa do grupo familiar seja menor do que um quarto do salário-mínimo em vigor (R$ 238,50, em 2018).
Se a dona de casa não se encaixa nas regras do BPC, ela só conseguirá se aposentar se tiver ao menos 15 anos de contribuição ao INSS.
Como pedir a aposentadoria
Quem já completou as exigências para se aposentar pode fazer o pedido pelo site do INSS. A dona de casa terá que selecionar o tipo de aposentadoria em que se enquadra e agendar o atendimento na agência do INSS.
No dia marcado, ela precisa levar um documento de identificação com foto, o CPF e a carteira de trabalho ou carnês de contribuição.
Com o seu inigualável lirismo e inspiração poética, Jorge Amado cria personagens inesquecíveis no romance Gabriela, Cravo e Canela, que nos relata o amor de Gabriela e do árabe Nacib.
Mais do que uma história de amor, este livro é uma crónica social de uma pequena cidade baiana, Ilhéus, quando passava por bruscas transformações, por volta do ano de 1925.
NO LIVRO, ENCONTRAMOS O SEGUINTE POEMA:
Dorme, menina dormida
Teu lindo sonho a sonhar.
No teu leito adormecida
Partirás a navegar.
Estou presa em meu jardim
Com flores acorrentadas.
Acudam! Vão me afogar.
Acudam! Vão me matar.
Acudam! Vão me casar.
Numa casa me enterrar
Na cozinha a cozinhar
Na arrumação a arrumar
No piano a dedilhar
Na missa a me confessar.
Acudam! Vão me casar
Na cama me engravidar.
No teu leito adormecida
Partirás a navegar.
Meu marido, meu senhor
Na minha vida a mandar.
A mandar na minha roupa
No meu perfume a mandar.
A mandar no meu desejo
No meu dormir a mandar.
A mandar nesse meu corpo
Nessa minh’alma a mandar.
Direito meu a chorar.
Direito dele a matar.
No teu leito adormecida
Partirás a navegar,
Acudam! Me levem embora
Quero marido pra amar
Não quero pra respeitar
Quem seja ele – que importa?
Moço pobre ou moço rico
Bonito, feio, mulato
Me leva embora daqui,
Escrava não quero ser.
Acudam! Me levem embora.
No teu leito adormecida
Partirás a navegar.
A navegar partirei
Acompanhada ou sozinha
Abençoada ou maldita
A navegar partirei.
Partirei pra me entregar
A navegar partirei.
Partirei pra trabalhar
A navegar partirei.
Partirei pra me encontrar
Para jamais partirei.
Dorme menina dormida
Teu lindo sonho a sonhar.
Esta postagem foi publicada em 13 de outubro de 2021
Fundada em 22 de janeiro de 1932, a seccional paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a maior do País, nunca teve uma mulher na presidência da entidade, mas, pela primeira vez, tem duas advogadas disputando a eleição.
As criminalistas Dora Cavalcanti, de 50 anos, e Patrícia Vanzolini, de 49, concorrem em chapas de oposição à atual gestão do advogado cível Caio Augusto Silva dos Santos, 46 anos, candidato à reeleição.
A abertura da inscrição das chapas será amanhã. Estão aptos a votar 278.852 advogados e advogadas em um universo de 406.000 inscritos. Desse total, 50,3% são mulheres, segundo dados da OAB.
Uma resolução do Conselho Federal da entidade estabeleceu paridade de gênero e política de cotas raciais a partir das eleições deste ano, marcadas para novembro. Só estarão aptas a participar, portanto, as chapas com, no mínimo, 50% de mulheres e 30% de negros.
“Vejo com naturalidade a disputa com duas mulheres. Faz parte do momento que estamos vivenciando. Nossa gestão não foi masculina e já é inclusiva”, disse o atual presidente da OAB-SP.
Natural de Bauru, onde mantém seu escritório, Caio Augusto liderou, em 2018, um movimento entre os advogados “de base” que usavam a cor amarela como símbolo. Ele nega, porém, que tenha votado em Jair Bolsonaro para presidente.
Já suas adversárias são paulistanas. Dora Cavalcanti tem escritório na rua Oscar Freire e formou-se na USP, onde atuou no movimento estudantil.
Patrícia Vanzolini, que nasceu durante o exílio dos pais, em Santiago, no Chile, e veio com 1 ano para São Paulo, tem escritório na Avenida Paulista, é professora do Mackenzie e formou-se na PUC-SP.
Até a quinta-feira passada, Patrícia era apontada como candidata a vice na chapa que seria “em tese” encabeçada pelo advogado Leonardo Sica, mas a cabeça de chapa foi anunciada em uma live que pegou muita gente de surpresa.
“Sempre consideramos essa possibilidade, mas havia uma tendência machista de acharem que o candidato era ele”, disse a advogada.
Diante do novo modelo de representatividade na categoria, era de se esperar que o debate sobre o machismo estrutural na advocacia ganhasse corpo. “Está na hora de conter o machismo e o racismo estrutural. Basta olhar a galeria de retratos da OAB. Na última eleição, nenhuma mulher foi eleita presidente em nenhuma seccional”, disse Dora.
Sua candidata a vice é a advogada Lazara Carvalho, negra e especialista em atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica.
Entre os adversários, Dora é quem atua nos casos de maior repercussão nacional, e enfrentou o juiz Sérgio Moro na Lava Jato quando esteve na defesa da Odebrecht.
A advogada, que foi sócia do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e presidente do Instituto de Defesa do Direito de Defesa, faz as críticas mais contundentes à operação deflagrada em Curitiba.
“Todos embarcaram nessa ilusão que os excessos da Lava Jato e as 10 medidas contra corrupção significaram um avanço. Mas ficou claro que os fins jamais justificam os meios.
Hoje, o País e os julgamentos do STF refletem isso”, afirmou. Quando questionada se é uma advogada “antilavajatista”, no entanto, ela rejeita o rótulo.
“Não quero esse carimbo. Vai aparecer que sou pró-corrupção. Sou uma crítica da ruptura com o sistema constitucional que redundou em excessos da Operação Lava Jato”.
Com tons diferentes, os demais candidatos concordam sobre esse tema. “Houve abusos da Lava Jato e o Judiciário reconheceu isso. Mas o Ministério Público merece nosso respeito. Um grupo de promotores não pode pretender ser maior que a própria promotoria”, disse Caio Augusto.
“A Lava Jato extrapolou em muitos pontos e criou uma cultura jurídica de autoritarismo penal muito perniciosa e que se espraiou”, afirmou Patrícia.
O trio de candidatos é cuidadoso, mas diverge ao tratar sobre uma pauta que hoje divide a OAB nacionalmente: o impeachment de Bolsonaro.
A entidade, que esteve na linha de frente do Fora Collor ao Fora Dilma, recebeu um parecer jurídico robusto indicando crimes de responsabilidade contra o atual chefe do Executivo, mas interditou o debate e se absteve de ir às ruas.
“O impeachment é um debate que não está maduro no contexto da Ordem”, afirmou Caio Augusto, que recebe apoios de advogados mais conservadores do interior.
Dora criticou o silêncio da Ordem em não engajar a classe no tema. “Entendo que as violações cometidas pelo presidente configuram crime de responsabilidade, mas é uma opinião pessoal.
E, sim, a Ordem tem de encampar o impeachment”, disse ela.
“O processo de impeachment embute um cavalo de Troia parlamentarista, o que é muito ruim. É um instituto muito delicado que causa muito dano. Tenho muitos problemas com o instituto do impeachment”, afirmou Patrícia.
As duas candidatas criticam o sistema de votação adotado pela OAB-SP, que será presencial. A avaliação é de que isso favorece o candidato da situação, pois abre caminho para as abstenções.
O presidente disse que as regras são federalizadas e nunca existiu uma autorização para fazer a eleição em um modelo diferente daquela que está prevista no estatuto da advocacia.
Azarão
Com uma campanha mais modesta e sem o mesmo volume de apoio que os adversários, o advogado Alfredo Scaff Filho, de 51 anos, tenta montar uma chapa para “correr por fora” na eleição da OAB-SP.
Delegado da Polícia Civil entre 1996 e 1999, ele atua hoje na área pública. Com um perfil mais conservador que os concorrentes, Scaff é crítico do que chama de “estado político partidário” da OAB local e nacional.
Sobre o impeachment de Bolsonaro, disse que não é “nem contra, nem a favor”, e considera que a Lava Jato “foi um grande procedimento que deve ser aplaudido”, mas aponta erros da operação:
“O que não pode é ter pirotecnia. Infelizmente houve uma cascata de erros no conjunto da obra”.
O quinto candidato à presidência da OAB-SP, o criminalista Mário Oliveira Filho, não respondeu à reportagem.
Fonte: UOL