Provavelmente por uma falta de atualização profissional, e uma cultura dominante retrógrada, ainda, em alguns segmentos da grande mídia, patrocinados por empresas que dependem do consumo das mulheres, mas as desrespeitam integralmente nos seus direitos humanos, continuam a promover estereótipos e preconceitos em programação, que já deveria ter sido retirada do ar pelas autoridades, ou por uma ação civil pública solicitada pelas entidades que defendam os direitos das mulheres, ou daquelas que fizeram parte da co- autoria do Guia para Jornalistas sobre Gênero, Raça e Etnia.
É lamentável, um humor, que não tem graça nenhuma, agredir e violar todos os direitos das mulheres, e continuar assim sem respeitar as leis.
Mais correto será as agências internacionais que compõem os órgãos da ONU, tais como a UNESCO etc. pararem de apoiar qualquer iniciativa de tais grupos de comunicação, por violarem os direitos humanos das mulheres, inclusive porque há discriminação de raça e etnia?
Trazemos aqui um extrato de texto retirado do GUIA PARA JORNALISTAS SOBRE GÊNERO, RAÇA E ETNIA, que proclama:
(...) “Ter uma imprensa livre e independente passa pelo fim da dominação masculina e da discriminação de gênero, raça e etnia na mídia.
Inclui ainda a eliminação de todas as formas de exclusão e perseguição às mulheres jornalistas nas redações de jornais, rádios, revistas, televisões e mídias digitais.
A mídia brasileira tem sido palco privilegiado para a reprodução de estereótipos de gênero, raça e etnia e invisibilização das populações historicamente discriminadas. Como resultado, atua como um dos principais agentes para a manutenção de crenças, valores, hábitos, comportamentos e atitudes sexistas, racistas e etnocêntricas, promotores de sofrimento e de profundas desigualdades na sociedade brasileira.
A combinação do sexismo, do racismo e do etnocentrismo na mídia constitui uma violação dos direitos humanos à comunicação e contribui para a manutenção de um Brasil com alto índice de desigualdades e produtor de estereótipos, preconceitos e estigmas sobre as mulheres e, em especial, sobre mulheres negras e indígenas.”(...)
E, logo abaixo, você poderá ler um pouco mais sobre este tema, e completar seu conhecimento sobre o conteúdo de todo o guia ao acessar, o link, e usando a sua Liberdade de Expressão, também manifestar-se no que tange a obrigação da grande mídia em respeitar e cumprir o acordo promovido entra a FENAJ e a ONU Mulheres, e, parar de violar os direitos humanos das mulheres brasileiras.
Agradecemos todo o apoio e colaboração recebidas, entregamos esta edição com pesquisas e notícias, as quais esperamos que sejam valiosas para você.
Receba um fraternal abraço de Elisabeth Mariano e equipe do Portal ESPAÇO MULHER Informa...
“O “Guia para jornalistas sobre gênero, raça e etnia” pertence à agenda de trabalho articulada entre a FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas e a ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (antes Unifem) a partir do Memorando de Entendimento assinado em agosto de 2010. A primeira atividade é a criação de um curso para a formação de jornalistas e estudantes de Jornalismo na temática de gênero, raça e etnia nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Pará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Esta publicação é uma ferramenta do plano pedagógico do curso de formação de jornalistas na temática de gênero, raça e etnia. Tem o propósito de auxiliar jornalistas (que desempenham as funções de produção, reportagem, redação, edição e direção de redação) e estudantes de Jornalismo na tarefa de cobrir os temas com recorte de gênero, raça e etnia no dia a dia da imprensa.
Historicamente, a mídia recusa a adoção de uma perspectiva de gênero em seus conteúdos e reforça os estereótipos de gênero, raça e etnia, limitando a veiculação da opinião das mulheres em geral e invisibilizando a participação das mulheres negras e indígenas em todas as esferas da sociedade. Estas últimas, em razão da combinação do sexismo, do racismo e do etnocentrismo, estão na base da sub-representação, não têm suas demandas específicas contempladas na agenda midiática e ainda enfrentam o estereótipo de inferioridade intelectual, estética e moral.
A proposta de construção de uma mídia mais plural e igualitária vem de longa data. Além da pressão dos movimentos sociais brasileiros, com destaque para o Movimento Negro, a FENAJ (fundada em 1946) sempre se destacou no esforço pela adoção de regras que organizassem a profissão de jornalista e garantissem o acesso público à informação ética e plural da sociedade.
Já a ONU Mulheres, criada em julho de 2010 pela Assembleia Geral da ONU, surgiu com a missão de promover a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres, através do atendimento das demandas das mulheres e meninas em todo o mundo.
Os compromissos da ONU Mulheres são:
1) apoiar atividades inovadoras que beneficiem as mulheres, conforme as prioridades nacionais e regionais;
2) garantir a participação das mulheres nos processos de desenvolvimento; e
3) desempenhar um papel catalisador dentro do Sistema das Nações Unidas com respeito à incorporação da perspectiva de gênero nos projetos e programas para o desenvolvimento.
Essa agenda de cooperação entre a FENAJ e a ONU Mulheres tem, portanto, o propósito de criar ferramentas para a promoção de uma mídia plural, inclusiva e isenta de discriminações e estereótipos de gênero, raça e etnia. E, nesse contexto, incentivar a igualdade de gênero e o atendimento das demandas das mulheres por meio da mídia. Fazem parte ainda dos termos de cooperação:
1) apoio da ONU Mulheres à realização de ações da FENAJ para o enfrentamento do racismo, do sexismo e do etnocentrismo;
2) incentivo à criação de instâncias organizativas de gênero e raça nos sindicatos de jornalistas com a finalidade de combater o racismo, o sexismo e o etnocentrismo e de promover a igualdade, além da realização do censo do Jornalismo brasileiro;
3) adoção da autodeclaração etnicorracial nas fichas sindicais;
4) apoio às políticas focalistas para empresas jornalísticas;
5) produção de indicadores referentes à cobertura dos temas gênero, raça e etnia na imprensa;
6) produção de conhecimento e de materiais para subsidiar o debate sobre o Jornalismo e as relações étnicorraciais e de gênero;
7) demais iniciativas que versem pelo pleno cumprimento dos princípios dos direitos humanos e marcos internacionais referentes a gênero, raça
e etnia no Brasil e no mundo, estabelecidos por organismos nacionais e internacionais à luz da liberdade de imprensa.
Essa parceria entre a FENAJ e ONU Mulheres nasceu em resposta às demandas deflagradas por jornalistas negros e negras em várias partes do país – cujo movimento iniciou-se nos anos 2000. Organizados nas Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial e no Núcleo de Jornalistas Afro-Brasileiros, vinculados aos sindicatos de jornalistas associados à FENAJ, atuam nos seguintes estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Alagoas, Bahia e Paraíba; além do município do Rio de Janeiro e do Distrito Federal.
Desde 2010, as comissões e o núcleo estão representados na FENAJ pela Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Etnicorracial (Conajira). Com uma forte atuação em rede, cada grupo criou sua plataforma de ação com um propósito em comum: a mobilização de jornalistas contra o racismo.
Veja a seguir:
Cojira-SP – A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de São Paulo foi criada em 2000. Participa de ações no âmbito do Jornalismo e nas questões de caráter mais geral. Acompanha com olhar crítico o noticiário relacionado à questão racial e estimula a capacitação dos profissionais para que tenham uma melhor compreensão da questão racial.
Núcleo de Jornalistas Afro-Brasileiros do Rio Grande do Sul – Surgiu para atender às demandas do Comitê Afro-Brasileiro no Fórum Social Mundial de 2001. O grupo foi criado depois que jornalistas negros e negras no Brasil e de várias partes do mundo enfrentaram barreiras para veicular reportagens e dar visibilidade às suas ações antes e durante o evento. Uma das pautas permanentes do núcleo é a discussão das questões de raça e etnia nos meios de comunicação.
Cojira-Rio – Desde 2003, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Rio de Janeiro lida com questões relacionadas à discriminação racial no mundo do trabalho secundada pela educação. Entre as ações, se destacam o incentivo, a difusão e a instalação de fóruns similares em todas as entidades sindicais e a organização de seminários anuais sobre a questão da população negra e da mídia no dia 10 de dezembro, Dia Internacional da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Cojira-AL – A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de Alagoas, criada em 2007, tem como missão contribuir para o debate e a reflexão sobre a realidade dos cidadãos e cidadãs afrodescendentes e os mecanismos utilizados pelos meios de comunicação nas abordagens sobre a temática negra.
Cojira-DF – Desde 2007, a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Distrito Federal assume um compromisso de classe na defesa dos princípios da cidadania, da ética, da valorização da diversidade e da igualdade de oportunidades. Também discute propostas e estratégias para combater a discriminação, parcerias para programas de ação afirmativa, monitoramento da mídia, entre outras atividades.
Cojira-PB – A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial da Paraíba é um órgão consultivo e executor de ações relacionadas à questão racial do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba. Entre os objetivos, está agregar valores para uma política de defesa de jornalistas negros e negras.
Diretoria de Relações de Gênero e Promoção da Igualdade Racial da Bahia – Desde 2010, a diretoria articula e promove o debate sobre a participação e a discriminação da mulher jornalista e de jornalistas negros e negras no ambiente de trabalho e na sociedade, com vistas à igualdade de gênero e raça.
A primeira aliança entre a ONU Mulheres (antes UNIFEM) e esse movimento de jornalistas comprometidos com o combate ao racismo surgiu em 2009. A convite do Núcleo de Jornalistas Afro-Brasileiros do Rio Grande do Sul, a ONU Mulheres contribuiu para a elaboração do painel realizado naquele ano sobre a Agenda do Programa de Incorporação das Dimensões de Gênero, Raça e Etnia nos Programas de Combate à Pobreza de Bolívia, Brasil, Guatemala e Paraguai a fim de incentivar a mobilização de afrodescendentes para a autodeclaração na rodada dos censos de 2010-2012. O tema foi ainda foco de outros seminários realizados pelas Comissões de Jornalistas pela Igualdade Racial de Alagoas (Cojira-AL) e do Rio de Janeiro (Cojira-Rio).
O segundo convite feito pelo Núcleo de Jornalistas Afro-Brasileiros do Rio Grande do Sul à ONU Mulheres ocorreu em 2010 com o propósito de integrar o organismo internacional ao 34º Congresso Nacional dos Jornalistas, organizado pela FENAJ e que, naquele ano, ocorreu em Porto Alegre.
Na ocasião, a ONU Mulheres acionou as demais agências da ONU e parceiros do Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia para execução de ações conjuntas no Congresso da Fenaj. Destes, participaram presencialmente das ações no Congresso Nacional de Jornalistas: o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, o Fundo de População das Nações Unidas - UNFPA, o Fundo das Nações Unidas para a Infância - UNICEF e a Secretaria de Políticas para as Mulheres - SPM.
Nesta etapa da agenda de cooperação, que inclui esta publicação, a FENAJ e a ONU Mulheres convidam os e as jornalistas a uma reflexão crítica sobre a desigualdade de tratamento às mulheres, que persiste na mídia, e apresenta algumas sugestões sobre como a imprensa brasileira pode contribuir para a promoção da igualdade de gênero, raça e etnia no dia a dia.
A mídia – na qual a atividade jornalística se inclui – tem o poder de influenciar comportamentos, opiniões, definir pautas para o debate público e atuar como espaço privilegiado para a comunicação e a intervenção pública. No recente processo de consolidação da democracia brasileira, a sociedade tem depositado a crença numa imprensa cada vez mais livre, independente e cidadã.
Há alguns anos – e, particularmente, desde a Primeira Conferência Nacional pela Democratização da Comunicação (1ª Confecom), realizada em 2009 – vem sendo amadurecido o debate para a construção de um novo marco regulatório da comunicação que irá reordenar o sistema de comunicação do país. Entre as suas metas, está uma nova plataforma política, institucional e jurídica a partir da construção de uma mídia mais plural e representativa da diversidade brasileira, livre de estereótipos e mais próxima das demandas da população.
A consolidação de uma imprensa livre e independente, contudo, somente será viável quando a mídia eliminar todos os mecanismos que favorecem a exclusão e subordinação das mulheres e das populações negra e indígena. Ter uma imprensa livre e independente passa pelo fim da dominação masculina e da discriminação de gênero, raça e etnia na mídia.
Inclui ainda a eliminação de todas as formas de exclusão e perseguição às mulheres jornalistas nas redações de jornais, rádios, revistas, televisões e mídias digitais.
A mídia brasileira tem sido palco privilegiado para a reprodução de estereótipos de gênero, raça e etnia e invisibilização das populações historicamente discriminadas. Como resultado, atua como um dos principais agentes para a manutenção de crenças, valores, hábitos, comportamentos e atitudes sexistas, racistas e etnocêntricas, promotores de sofrimento e de profundas desigualdades na sociedade brasileira. A combinação do sexismo, do racismo e do etnocentrismo na mídia constitui uma violação dos direitos humanos à comunicação e contribui para a manutenção de um Brasil com alto índice de desigualdades e produtor de estereótipos, preconceitos e estigmas sobre as mulheres e, em especial, sobre mulheres negras e indígenas.
Embora haja setores na imprensa sensíveis a mudanças, boa parte das notícias apresenta uma linguagem demarcada pela dominação sexista, estereotipada e, especialmente no caso das mulheres negras e indígenas, pouco consistentes, desfocadas da realidade e com periodicidade irregular. Ainda que ocupe o lugar de defensora da liberdade de imprensa e de expressão, a mídia tem se revelado incapaz de identificar e propor mudanças rápidas e eficazes para o tratamento preconceituoso, desigual e discriminatório às mulheres e, em especial, às mulheres negras e indígenas.
O objetivo deste “Guia para jornalistas sobre gênero, raça e etnia” é oferecer instrumentos para que os/as jornalistas, no exercício de suas variadas funções nas redações de rádio, jornais, revistas, televisão e mídias digitais, sejam promotores e promotoras da equidade de gênero, raça e etnia a cada pauta jornalística. Visa, portanto, contribuir para a construção de um Jornalismo plural, ético e alinhado à meta do fortalecimento da democracia sólida e consistente no Brasil. E instigar profissionais de imprensa a responder perguntas cruciais no dia a dia: como agir no momento da seleção de novas histórias para a cobertura jornalística? Que palavras escolher para uso nos textos ou nas sonoras? Como promover a diversidade na hora de definir quem será a pessoa entrevistada para dar sua visão de mundo sobre determinado tema? Qual imagem, foto ou ilustração selecionar para uma reportagem na mídia impressa, televisiva ou digital? Qual o espaço e/ou sob qual formato (ou ainda qual trecho da fala a ser destacada) uma notícia com recorte de gênero, raça e etnia pode ser apresentada à população? A primeira parte desta publicação apresenta as diferentes experiências vividas pelas mulheres em cinco temas cruciais para a igualdade de gênero com o objetivo de visibilizar alguns aspectos do impacto da raça e da etnia: mercado de trabalho, saúde, enfrentamento da violência contra a mulher, espaços de poder e intolerância religiosa. A segunda parte propõe, a partir da leitura conceitual, refletir sobre como construir uma perspectiva de gênero, raça e etnia no Jornalismo. A terceira parte identifica algumas crenças e mitos sobre as mulheres e sobre as populações negra e indígena que, por fazerem parte do senso comum, interferem na produção midiática. A quarta parte oferece algumas sugestões e dicas de como fazer uma cobertura jornalística qualificada sobre gênero, raça e etnia no dia a dia. A quinta e última parte disponibiliza os principais marcos legais nacionais e internacionais relacionados a gênero, raça e etnia e algumas fontes nas quais os/as jornalistas podem ter fácil acesso a estudos, estatísticas e informações em geral sobre essa temática.
Em todas as sociedades e nas mais variadas culturas, prevalecem valores, atitudes, costumes, práticas e comportamentos, expressados ou não em leis, com base na concepção da suposta autoridade masculina sobre as mulheres, incluindo a percepção dominante e naturalizada da violência contra a mulher.
Em alguns países, a isso se soma a percepção naturalizada do racismo e do etnocentrismo. Tais distorções contribuem para uma posição de desigualdade e subordinação das mulheres em relação aos homens, produzem doenças e mortes relacionadas à violência física e simbólica de gênero e fortalecem a visão normativa e excludente das identidades sexuais nas sociedades. Há uma profunda desigualdade de poder entre os homens e as mulheres, historicamente construída. Na América Latina – e no caso específico do Brasil –, as desigualdades de tratamento e de oportunidades entre os homens e as mulheres são agravadas pelas práticas excludentes apoiadas na visão racista e etnocêntrica. Ou seja, há um contingente populacional significativo no país sujeito a agressões, humilhações e outros tipos de violências cotidianas baseadas no gênero, na raça ou na etnia.
Nos últimos anos, as mulheres brasileiras vêm realizando numerosas conquistas: desde a ampliação da sua presença no mercado de trabalho até a ocupação – embora de forma ainda lenta e gradual – dos espaços de poder. Apesar de ser inegável o esforço dos movimentos sociais (movimento feminista, movimento negro, movimento indígena, movimento de mulheres negras e de mulheres indígenas) para a construção de uma mídia antirracista, antissexista e pluriétnica, a imprensa permanece utilizando estereótipos e uma linguagem depreciativa sobre as mulheres e/ou invisibilizando-as em seus conteúdos.
Por conta da discriminação combinada de gênero, raça e etnia e, ainda, da prevalência de uma visão eurocêntrica na mídia, as mulheres negras e indígenas estão entre as mais afetadas na escala das desigualdades que persistem no Brasil. Elas vivem sob o impacto da negação cultural e enfrentam danos emocionais gerados pela violenta discriminação simbólica e cotidiana, incluindo a violência doméstica. Ou seja, a luta das mulheres pela inserção de uma representação feminina isenta de estereótipos, pela adoção de uma linguagem de gênero não discriminatória e pelo reconhecimento da participação das mulheres em vários setores da sociedade não alcançará a sua plenitude sem o combate às práticas e mecanismos de exclusão racistas e etnocêntricas presentes na mídia em relação às mulheres negras e indígenas, sobretudo.
Nesse sentido, a adoção de uma perspectiva de gênero para a cobertura jornalística deve estar alinhada ao combate ao racismo e ao etnocentrismo em todos os conteúdos midiáticos. Além do uso de uma representação livre de estereótipos, o/a profissional de imprensa deve estar preparado para, quando necessário, contextualizar as situações de desvantagem desses grupos, promover debates qualitativos na imprensa sobre as desigualdades de raça e etnia e apto a produzir notícias e imagens positivas das mulheres negras e indígenas, em especial.
A seguir, um breve panorama sobre as experiências diferenciadas das mulheres no mercado de trabalho, na saúde, no âmbito da violência contra a
mulher, nos espaços de poder e no campo da intolerância religiosa. Este tem como objetivo demonstrar de que maneira a combinação do sexismo, do racismo e do etnocentrismo produzem profundas diferenças no acesso aos benefícios sociais, impedem a redução das desigualdades e comprometem a vigência de uma sociedade democrática e cidadã.”
(Continua: LEIA MAIS - acesse abaixo o link na FONTE – logo após as informações biográficas)
Realização, organização e elaboração FENAJ e ONU Mulheres - Angélica Basthi
Esta publicação é resultado de uma parceria entre a FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas e a ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres.
A reprodução da mesma é autorizada, desde que seja mencionada a fonte.
Expediente: Organização e texto final: Angélica Basthi
Revisão: Arfio Mazzei, Jorge Eduardo Machado e Shirley Villela (linguagem não sexista) Projeto Gráfico: Duo Design
Guia para Jornalistas sobre Gênero, Raça e Etnia / Angélica Basthi (organização e elaboração) Brasília: ONU Mulheres; Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ); Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia (Fundo de Alcance dos Objetivos do Milênio, F-ODM), 2011.
60 p.
1. Gênero 2. Raça 3. Etnia 4. Jornalismo 5. Mulheres 6. Mídia 7. Equidade I. BASTHI, Angélica II. ONU Mulheres III. FENAJ IV. F-ODM
V. Título
ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres - http://www.unwomen.org;
Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia;
Programa Regional de Incorporação das Dimensões de Gênero, Raça e Etnia nos Programas de Combate à Pobreza na Bolívia, Brasil, Guatemala e Paraguai
FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas - http://www.fenaj.org.br
Apresentação
Introdução
Capítulo 1
As mulheres e a diferença
1.1 Mulheres e mercado de trabalho
1.2 Mulheres e saúde
1.3 Mulheres e violência
1.4 Mulheres nos espaços de poder
1.5 Mulheres e intolerância religiosa
Capítulo 2
Uma perspectiva de gênero, raça e etnia no Jornalismo
2.1 Por uma abordagem de gênero, raça e etnia
2.2 Critérios para a seleção da notícia
Capítulo 3
Para além das crenças e dos mitos
3.1 Visibilidade com diversidade
Capítulo 4
Recomendações para boas práticas jornalísticas
4.1 Textos e imagens
4.2 Linguagem
Capítulo 5
Marcos legais nacionais e internacionais, fontes e dados estatísticos
(Fonte: http://bit.ly/QmuuqH)
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